segunda-feira, 31 de maio de 2010

Why...


"Por que raios toda vez que eu to me achando muuuuito foda, muuuito feliz e muuuito amando algo, algum merda vem e me lembra que eu não sou porra nenhuma? Heim, Deus? Deeee-us, to falando com vocêêê!"


                 Tati Bernardi.

domingo, 30 de maio de 2010

Selos novos.

Sumo mais do que náufrago, eu sei. Hoje quando vim olhar aqui, vi que tinha 9 selos para postar aqui. Fico muito feliz de ser reconhecida pelo o que eu escrevo, sinceramente. Queria agradecer à PatríciaRodolpho e à Nathalie pelos selos. Uns eu já tinha, mas fico grata do mesmo jeito. Muito obrigada.

P.S.: Tirei os selos da lateral do blog porque são muitos, e vão ocupar muito espaço rs. Mas guardo todos com muito carinho aqui no meu pc e quando eu aprender a fazer uma página só pra eles, eu coloco novamente.



Ofereço esses selos aos blogs:



Por enquanto, só.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Confissões noturnas - Parte 04 (Final)


A voz de Kelly estava mais tensa do que o normal.

- Preciso que você venha ao hospital. - disse ela. - Agora.

Anna vestiu-se mais rápido do que houvera vestido-se em toda a sua vida. Em meia hora estava no hospital o qual  Kelly a chamara. Por mais que andasse rápido, sentia como se estivesse em câmera lenta. Era o mesmo hospital em que ela esteve internada quando tentou suicídio. Novamente podia ouvir todo aquele barulho de máquinas e passos. Quase a ensurdecia. Pediu informação à recepcionista sobre Kelly, e a moça pediu que ela fosse ao quarto 503. Não disse o porquê, mas seu jeito consternado intrigou Anna.

Pôs sua mão sobre a maçaneta e entrou no quarto. Vira uma cena que nunca passou por sua cabeça. Seth estava dormindo, com fios de plástico ligado à seus antebraços. Kelly, que levantou-se de uma poltrona ao vê-la,  chorou em seus braços. Anna afagou-lhe, ainda em choque. Talvez ele tivesse ficado doente. Não era nada grave. Não podia ser nada grave. Ela passou as mãos no rosto de Kelly e enxugou-lhe as lágrimas. E então Seth acordou.

Ele contou-lhe que era portador de hemofilia, uma doença sanguínea gravíssima. E que não teria muito tempo de vida. Dali em diante, ele teria de viver respirando por aparelhos. Anna não chorou. Ainda permanecia em estado de choque com tudo que ouvira. Seth era a última pessoa que ela imaginava que estivesse doente. Seu melhor amigo. A única pessoa que já a entendera nesse enorme mundo. Ele contou-lhe que decidiu que desligariam seus aparelhos no dia seguinte. Seu chão fora roubado. O mundo estava caindo sobre ela, de novo. Anna levantou-se e deitou na cama do hospital, com Seth. Passou seu braço pelo quadril dele e ficaram assim, por três horas. Nada mais precisava ser dito.

Anna não voltou ao hospital, no dia posterior. Queria guardar a imagem que sempre tivera dele. E então, chorou. Chorou durante seis horas, depois dormiu um dia inteiro. Soube então que Seth já tinha sido enterrado. E surpreendentemente, sorriu. Ele foi um anjo que veio para salvar a sua vida. Seth a salvara de todas as formas que uma pessoa poderia ter sido salva. Ele a salvou dela mesma. Anna aprendera com Seth, em menos de um mês, o que ninguém a ensinara durante toda a sua vida. Não se trata tristeza com palavras duras ou repreensão. Apenas é preciso mostrar como é o céu que não se quer mais voltar ao inferno. 

Um dia antes do Ano Novo, Anna recebeu uma carta. Era de Seth.

"Anna,
Se você receber essa carta, eu já parti. Só quero que saiba que você foi uma das melhores coisas que me acontecera nos últimos tempos. Quando eu a levei para o hospital, me perguntei porque uma pessoa tão cheia de vida iria querer maltratar-se assim. Eu te mostrei a beleza da vida, e espero que você continue de onde nós paramos. Me desculpe por não ter contado antes sobre minha doença. Você para sempre será a melhor amiga que Deus já me dera na vida! Algum dia, quando for sua hora certa, nós vamos nos reencontrar. Até lá, eu quero que você seja bastante feliz. Volte a trabalhar, saia mais com seus amigos e encontre um namorado. Tantas pessoas gostariam de estar no seu lugar, Anna. Só você pode decidir o que fazer com a sua vida, daqui para frente. Eu espero que você continue seguindo em frente, sempre em busca da felicidade. Sei que você não acredita em Deus, mas isso não importa. O que importa é que Deus acredita em você. E eu também. Eu a amo, do fundo do meu coração. Obrigado por ter salvado o que restava de minha vida. Eu sempre estarei com você. Cuide de Kelly, por favor. Até algum dia."

Anna desabou em lágrimas. Mas fora a última vez. Anna fez o que Seth pedira. Por ele, por ela mesma. Anna passou a cuidar de Kelly, depois de conseguir sua guarda judicialmente. Saía para festa com os amigos, voltara a estudar e trabalhava como sempre fosse o seu primeiro dia. Anna era feliz, pela primeira vez na sua vida. Aquela era a época de sua vida chamada FELICIDADE. Todas as semanas, Anna e Kelly levavam flores para o túmulo de Seth. Passavam horas contando para ele tudo sobre suas vidas. Três anos após a morte de Seth, Anna casou-se com um rapaz chamado Daniel. Dois anos mais tarde, tiveram um filho. Anna o batizou de Seth. Ele sempre esteve com ela. Sempre estará. Porque as pessoas que amamos, vivem para sempre conosco. A vida é bonita, e precisa ser vivida. Nunca sabemos quando ela pode acabar. Só mantenha a felicidade.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Confissões noturnas - Parte 03

Olhos de um azul profundo a fitavam. Anna só conseguiu dizer um trêmulo "sim". Ao ser ajudada a levantar-se, ela deu-se conta de que era o mesmo rapaz do hospital. Aquele que houvera a levado para lá, junto com sua irmã. Passou as mãos entre os cabelos negros, deixando à mostra seu belo rosto, que muito escondia do mundo.

- Acho que não me apresentei naquele dia - disse o rapaz, com um longo sorriso. - Sou Seth.

Anna não sabia, mas sua vida começaria a fazer sentido a partir daquele momento. Ela encontrou em Seth o amigo que nunca tivera. Nenhum amigo seu parecia a compreender tanto quanto Seth a compreendia. Passara tardes conversando ambos sobre suas vidas, sobre seu passado. Tudo do que Anna sempre precisou foi de alguém que a escutasse sem julgamentos, pré-conceitos e olhares de pena. Tomaram café em um restaurante aconchegante e comeram waffles. Estar na presença dele a trazia paz.  Eles gostavam de estar um na presença do outro. E durante aquele tempo, era o que importava.

Seth contou para ela que seus pais morreram em um acidente de avião, e que ele tivera que tomar conta de sua irmã sozinho. E nunca reclamou disto. Anna sentiu vergonha por ter tentado tirar sua vida, enquanto alguns apenas tentavam viver, mesmo com todas as dificuldades. E pela primeira vez em muitos anos, sorriu. Um sorriso assim meio que de lado, disfarçado, incógnito. Pressionava os lábios como se quando os abrisse, alguma coisa pudesse escapar. Mas sabia que poderia contar com Seth até o medo passar.

Chegara a semana do Ano Novo. Anna estava irreconhecível. Às vezes, no final de semana, saía para divertir-se com alguns amigos. Ela e Seth passavam madrugadas se falando pelo celular. Com eles, parecia que o assunto nunca acabava. Toda a família de Anna gostava de Seth e Kelly. Anna adotara Kelly como sua irmã mais nova. Eles os tratavam como se fossem da família. Seth e Anna combinaram de passar o Ano Novo juntos na praia. Era tudo que Anna queria, e precisava: despedir-se do ano velho com seu melhor amigo.

Três dias antes do Ano Novo, o celular de Anna tocou enquanto ela dormia, pela manhã. Tirou a mão debaixo dos cobertores e alcançou o aparelho eletrônico em cima de um criado-mudo.

- Temos uma notícia para você.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Confissões noturnas - Parte 02

Uma luz branca era tudo que seus olhos podiam enxergar. Sua vista ainda estava embaçada, não dando-a a chance saber onde estava. Seu corpo foi mexendo-se lentamente, até que Anna se encontrou sentada em uma cama de hospital. Um barulho ensurdecedor invadiu seus tímpanos. Uma mistura de passos apressados, choro, gritaria e máquinas que registravam batimentos cardíacos. Passou a mão, presa a fios de plástico, nos cabelos. Imaginou a aparência horrível com a qual estaria. Mas havia algo de mais terrível que ela se dera conta de que teria que encarar. O fato de que ainda estava viva.

Uma moça loira, que não aparentava ter mais de 15 anos, entrou em seu quarto. Usava um vestido de flores, que caía muito bem em seu corpo esbelto. Anna recebeu-a com um olhar de indagação, enquanto a moça abriu um enorme sorriso.

- Vejo que está bem. Sua família pareceu assustada. - disse a moça.
- Quem... - faltou-lhe léxico. - Quem é você?
- Sou Kelly. Eu e meu irmão a trouxemos para cá. Quando bati à sua porta para pedir uma informação, você desmaiou. Os médicos disseram que foi uma tentativa de suicídio...
- Foi. - disse Anna, austeramente. - Agora eu me lembro de alguma coisa. Sou Anna, ainda.
- Minha mãe diz que sempre há um motivo para viver. - disse a moça, consternada.
- Meu psiquiatra também.

Entrara como um tornado em seu quarto um jovem de não mais que 25 anos, que parecia ter vindo de uma festa infantil. Sua alegria incomodava Anna.

- Kelly, a moça já... - deu-se conta de que Anna estava acordada, e moderou suas palavras. - Ah... vejo que está melhor.

No dia seguinte, Anna recebera alta do hospital. Sua família quis marcar mais sessões com seu psiquiatra, porém ela estava ignorando a tudo e a todos. Sentiu-se frustrada por não ter sido capaz nem de suicidar-se. Conformou-se que teria de viver. E torceu para que qualquer coisa adiantasse isso. Poderia ser seqüestrada, receber uma bala perdida, capturada por um OVNI. Não importava o jeito. Ao atravessar a rua, em frente à sua casa, quase foi atropelada. Só não fora porque uma pessoa puxou-a da frente do caminhão. Não dominava sua lucidez naquele momento.

- Você está bem?

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Confissões noturnas - Parte 01

Era final de novembro. Anna lembrava-se disso por que sua mãe decorara toda a sua sala com enfeites pré-natalinos. Nevava do lado de fora. E tudo que a moça dos cabelos negros fazia era ficar atrás da vidraça, esperando o sol voltar.

Ela não estava triste. Ela não estava feliz. O grande problema é que ela "não estava". Não reconhecia sua imagem no espelho. Seus amigos, sua família, todos empenhavam-se em animá-la, tudo em vão. Quem não a conhecesse, não saberia o quão dentro dela mesmo Anna estava. Pegava todos os dias um metrô para ir e voltar do trabalho. Cursara quase cinco anos de engenharia na faculdade, e agora estagiava. Anna, de corpo esbelto e delicado, enfiava-se facilmente em qualquer roupa, coisa a qual nunca dera importância. Ela sentia-se como um doente em estado vegetativo. A única diferença entre eles é que Anna não ligava se morria ou continuava a viver. A moça lera em um livro que ingerir barbitúricos e uísque eram uma combinação letal. Tudo sairia como era esperado por ela.

Em um sábado qualquer, das primeiras semanas de dezembro, Anna sentou-se no chão de seu quarto, com barbitúricos e um copo de uísque. Estava pronta para completar seu destino. Ela sempre soubera que não iria muito longe. Sempre soubera que não seria forte o bastante. Pensou em sua família, e em seus poucos amigos.

- Eles vão superar. - pensou ela.

No começo, sentiu-se fraca por estar abandonando a vida assim. Porém depois viu que ela não tinha nenhum motivo para continuar vivendo. Desde criança, ela nunca permitiu-se ser feliz. Ela nunca ia à festas com os amigos. Ela nunca ia muito longe de seu pequeno apartamento na rua 6. Estudou para uma vida que agora não tinha mais sentido. Nunca acreditou em Deus. Ao ingerir cinco barbitúricos, tomou em seguida um gole de uísque que guardava escondido atrás do armário.  Achou horrível. E para sua surpresa, a campainha de sua casa, tocou.

Ao abrir a porta, viu um rosto jovial, sorridente e tênue. Supôs se já estaria no céu. Mas ela não acreditava nisso. Anna, instantâneamente, desmaiou.

sábado, 22 de maio de 2010

I have beautiful days, even quietly.


"Tenho me sentido legal. Mas é um legal tão merecido, batalhado(...)" Caio Fernando Abreu




Não sei se foi a mudança de tempo, a saída de hábitos ou mandinga ou qualquer coisa que você possa imaginar. Mas sinto como se as mudanças estivessem tomando seus rumos, de prontidão. Não choro há três dias. Sonhei que ele sonhava comigo semana passada. Estou com ânsia de viver, com ou sem ele. Desejo tudo de melhor pra ele, as melhores vibrações cósmicas que alguém pode desejar ao outro. Mesmo que eu ainda seja uma desconhecida pra ele.


Minha vida sempre foi regada à essas coisas, sabe? Esses amores platônicos, esse medo, essa falta de sorte inacabável. Minhas epifanias já passaram de bipolaridade. Quem sabe seja Bordeline. Não sei como ainda tenho amigos com minha ignorância e falta de humor. Vez em quando só o fato das pessoas respirarem me incomoda. Não é fácil viver comigo. conviver. com-viver. Com todo esse meu viver meio que ultrapassado, meio irônico, meio traumatizado, meio drogado. Nunca fui completa, por aqui.


Esses momentos que me chegam e me invadem assim meio sem hora marcada fazem com que eu me lembre onde estou, quem sou e para o quê eu estou trabalhando, qual é esse motivo maior que nos faz continuar a viver nesse mundo onde as pessoas têm medo de sonhar. E quem sonha, é tratado como um louco. 


Queria poder ter sido amiga de cada pessoa que eu vi na rua, cada pessoa que sentou do meu lado no ônibus. Seria tão gratificante reconhecer cada rosto que eu já vi na vida... Sabe, eu sempre achei que quem muito fala, na verdade nada tem a dizer. Às vezes, o silêncio é a melhor respostas para algumas perguntas. Se você não entende um silêncio, não entenderá uma explicação. Há momentos em que temos que colocar a música mais agitada que você encontrar, afastar todos os móveis e dançar até suas pernas não aguentarem mais. E ser nova, sempre. Repito minhas palavras até que elas entrem na minha cabeça. "Vai que tu consegue, cara", digo a mim mesma. Digo isso todos os dias. 


Ontem à tarde, num efêmero flashback, me vi daqui há 10 anos. Só que nunca descobri se tinha gostado do que tinha visto. Enquanto não constroem uma máquina do tempo, eu vou vivendo, em busca de dias assim como esse, em que eu me sinto bem. Um bem assim meio que sorrateiro, tímido, incompreensível. A magia que existe em viver é nunca sabermos o que pode acontecer até às 11:59. Eu posso te ensinar a voar se você me puxar do abismo.

Novos selos.

Gostaria de agradecer bastante esses novos selos. Sem hipocrisia, gosto de saber que reconhecem alguma coisa que eu escrevi. É bom ser reconhecido pelo o que se escreve.


Recebido do Rodolpho Padovani, do blog A arte de um sorriso.
Os ganhadores postam o selo e indicam 10 blogs merecedores.
Blogs que merecem esse selinho:



Recebido da Eliza, do blog Tragic Kingdom.
Os ganhadores postam o selo em seus blogs e indicam 10 blogs merecedores.
Blogs merecedores:


Por enquanto, é só.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Love is no big truth.

É difícil você ver todo mundo à sua volta feliz e você ser a única pessoa que não tirou a sorte grande. O maior repelente anti-relacionamentos da Terra. Não é fácil ver todo mundo conseguindo o seu amor, sua metade da laranja e você ainda continuar sentada nas festas, solitária. E mesmo que eu lute contra mim mesma, em prantos, dizendo que eu não preciso disso, que eu não nasci para isso, eu não consigo esconder que sendo certo ou errado eu preciso abandonar e arrancar essa sensação de estar sozinha. Sozinha nesse quarto, sozinha na classe, sozinha na rua, sozinha na cidade, sozinha no ônibus. Sozinha no mundo inteiro. Eu só queria ser feliz, cara. Nada mais do que isso. Tudo parece tão difícil. Repugno à mim mesma por invejar a capacidade de amar dos outros. Nunca tive isso. Nunca fui capaz de amar direito. Eu queria a felicidade, mesmo sem saber como era isso. E toda vez que penso que posso fazer diferente, lembro-me de tudo o que eu não posso fazer. Meu defeito de fábrica. A peça que esqueceram de colocar: o amor.

domingo, 16 de maio de 2010

But I'm OK.

Ninguém nunca conseguiu enxergar o que eu sou por dentro. Ninguém nunca quis arriscar. E por isso eu engano, às vezes.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

I found a way to let you go.


Não consigo mais dizer que amo alguém.

A cada vez que eu acordo e a cada vez que eu vou dormir, eu percebo que estou cada vez mais morta dentro de um corpo vivo. Ninguém percebe o quanto estou andando perdida por aí, o quanto não tenho culpa por estar assim. Eu não tenho culpa. Você não tem culpa. O mundo não tem culpa. Minhas palavras, que hoje não chegam até você, talvez não façam sentido. Como era bom o tempo em que eu ainda acreditava que meu coração poderia ser de alguém. Porque hoje, seu ninguém, eu não acredito em mais nada. Eu tinha uma alma tão boa, tão especial e ninguém conseguiu ver. Hoje já não existe mais nada. Vez em quando ainda me pego no chão, procurando uma resposta, um sinal de vida, um meio de voltar a acreditar. No fim de tudo, eu sei que tudo que eu fizer ou que tenha deixado de fazer ou agir ou ser não teria mudado nada. O mundo virou um lugar tão podre mas tão podre que quase não consigo respirar aqui. Já são quase quatro da manhã e eu já deveria estar dormindo, eu sei, mas talvez quando a gente fecha os olhos as coisas ficam mais reais, mais intensas, mais verdadeiras, mais insuportáveis. Sabe, teve uma época em que eu queria tanto, mas tanto, mas tanto arrancar esses espinhos que tanto me doíam e ainda me doem que pensei em te chamar pra vir aqui. Não sei se consigo me arrepender de ter visto pelo menos uma vez o seu cabelo bagunçado, a sua inconstância, a sua maneira de colocar a mochila assim meio que de lado. Seu olhar de anjo, de demônio. E quando eu for embora, talvez me lembre de sentir sua falta. Como é que a gente pode sentir falta de uma coisa que nem nunca foi nossa? Que nem nunca se denominou? O mundo é podre, mas ainda é grande. Será ótimo quando o pacífico nos separar. Esse enorme espaço branco delimita a minha vida de mentira.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Lord, can you hear me now?

Pode parecer besta, mas hoje eu chorei oito vezes. Chorei por tudo. Toda essa pressão, todas essas pessoas, todos esse sentimentos. Pode parecer egoísta, mas tudo me dói agora. Não saber o que quer é pior do que saber o que quer. É como se você não soubesse quem você vai ser daqui a dez anos. Preciso pedir um segundo tempo, uma saída pela tangente. Minha cabeça dói. E dôo nas outras pessoas também. Dentro de mim não há nada a não ser a vontade de continuar. E a de querer ser ouvida. Deus, você pode me ouvir? Então me ajude. Estou tão perdida dentro de mim e dentro dos outros, dentro do tudo e do nada que não consigo distinguir. Deus, me ajude. Eu não sou tão forte quanto pensava, não tenho nada além de uma fé que vez em quando penso ser idiota. Não me deixe virar nada, virar poeira, virar ausência. Save me.




P.S.: Assim que puder, respondo os comentários. xoxo.

Go away.

Prefiro me acostumar com tua ausência do que ver-te uma vez em anos e sempre querer mais. Deixe minhas borboletas em paz.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Without inspiration.

"Ele sorriu. Tinha um jeito de sorrir de lado, como se quisesse esconder alguma falha nos dentes, embora não tivesse nenhuma, via-se quando ria inteiro, o que era raro. Ele sorriu, então um dos cantos da boca ergueu-se fazendo subir também uma das sobrancelhas, enquanto o olho quase fechava, embora brilhasse mais intenso assim, por entre as pálpebras meio inchadas, quase invisível. Tinha um pouco de criança quando sorria desse jeito. E de demônio. Demônio astuto, pensou."


- Caio Fernando Abreu.


E sim, esse é um dos textos dele que mais me definem. 

domingo, 9 de maio de 2010

Sobre minha mãe.

Eu nunca tive aquele relacionamento de novela das oito com a minha mãe. Minha mãe não me deixou fazer a formatura do primário. Minha mãe não me acompanhou no momento em que eu mais precisava, a adolescência. Minha mãe não me ensinou a comer com garfo e faca. Minha mãe não quis ser minha amiga, só ser mãe já é muito cansativo. Não sei dizer o que minha mãe significa pra mim, só sei dizer que ela é minha mãe, e não posso negar o fato de que ela sempre quer o melhor para mim. Mesmo que eu não entenda às vezes. Minha mãe sabe pouco sobre mim. Minha mãe não sabe que eu escrevi um livro. Gostaria de ter tido aqueles momentos "mãe e filha" com ela. Gostaria de poder chorar no colo dela sem nenhuma pergunta a ser respondida. Minha mãe é aquele tipo de pessoa que não tem muita paciência para ensinar e/ou aprender. Tenho a certeza em mim de que não quero ser como minha mãe, todavia aprendi muita coisa com ela. Aprendi a ser dura assim com ela. E no final das contas, acho que devo muito do que sou à ela. Aprendi a não deixar ninguém passar por cima de mim por causa dela. Aprendi a ser independente por causa dela. Então, anyway, obrigada mãe. Eu sempre a amarei.

sábado, 8 de maio de 2010

My favorite song.



Take me now baby here as i am
Hold me close, try and understand
Desire is hunger is the fire i breathe
Love is a banquet on which we feed
Come on now try to understand
The way i feel when i'm in your hand
Take my hand come undercover
They can't hurt you now, can't hurt you now can't hurt you now
Because the night belongs to lovers
Because the night belong to lust
Because the night belong to lovers
Because the night belong to us
Have i doubt when i am alone
Love is a ring on the thelephone
Love is an angel disguised as lust
Love is our bed until the morning comes
Come on now try and understand
The way i feel under your command
Take my hands and the sun descends
They can't touch you now, can't touch you now
Because the night...etc
With love we sleep with doubt the viscious circle turn andturns
Without you i cannot live, forgive the yearning burning
I believe in time too real to feel
So take me now take me now.

Because the night - Patti Smith

so take me now...

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Empty|Empty|Empty

Frustração do dia: O vazio que ainda sinto. Quando estou com as outras pessoas (conte isso sendo com meus únicos 7 amigos) eu fico totalmente divertida, me sinto bem pacas. Mas basta eu ficar sozinha que todo aquele negócio do ano passado volta dentro de mim. Não aguento mais as mentiras que eu conto pra mim mesma pra fingir que está tudo bem. Porque não está tudo bem. Eu sei quais as coisas certas a se fazerem, mas não as faço. Estou vendo meu fracasso iminente e sou burra o bastante para não querer mudar isso. Nem sei mais quem eu sou. 

quinta-feira, 6 de maio de 2010

From the moment I wake to the moment I sleep.

Queria poder ter sido o motivo da sua risada. Queria poder ter te apoiado quando você estava mais triste e ter sido o seu abraço nas horas de felicidade. Queria pode ter ligado pra você no seu aniversário, ter seu nome na agenda. Queria ter dito a você que vou passar no vestibular, que te gosto e te queria por perto. Queria poder ter contado a você sobre minhas séries e livros favoritos, queria ter podido rido com vocês por coisas nem tão engraçadas assim. Queria ter podido contar sobre minha vida, ou sobre o que ainda restava dela. Certa vez me perguntaram: Jaci, você é feliz? Pensei em você no mesmo instante. Não, respondi. Qualquer dia, eu chego na tua casa e te seqüestro. E talvez eu não queira devolver mais. Queria poder ter dito que você mudou a minha vida mesmo que eu não esteja em teus pensamentos. Dizer que, se amanhã à noite houver estrelas no céu, te prometo todas elas.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

What do I have wrong?

Deve ser legal saber que há alguém nesse mundão enorme de Deus que se importa conosco. Alguém para quem voltar, por quem ficar. Deve ser bem legal.

terça-feira, 4 de maio de 2010

My faith is shaken.



Gosto muito de perguntar o "porquê" das coisas. Certa vez, uma amiga minha disse-me que o amor era a coisa mais importante de nossas vidas. E então, perguntei: Porquê? E ela simplesmente respondeu-me: Por que sem ele não podemos viver, oras! E então disse: Acho que não podemos viver sem o oxigênio, não acha? Ela se calou. Não entendo como um sentimento pode dominar tanto as vidas humanas. Não entendo o porque todos nós dependemos e precisamos desse tal outro alguém. Tenho uma teoria. Deve ser porque chega um ponto em que nos sentimos tão sozinhos, mas tão sozinhos, mas tão sozinhos que precisamos de um abraço quentinho para nos afagar. Ter alguém que você sabe que sempre estará do seu lado, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença. Fico frustrada em ver que os casais de hoje em dia se separam por pouca coisa. Não existe mais aquela perspectiva de querer estar juntos para sempre, até a velhice. Isso me desanima bastante. Cheguei a um ponto de acreditar que o amor não passa de mero conformismo e medo. Porquê acreditamos que há alguém aí, perdido por esse mundo enorme, esperando pela gente? Porquê precisamos ter no que acreditar.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Mais selos.


Primeiramente devo dizer que me sinto agraciada por receber selos. É muita gentileza dar-me esses presentes que soam como reconhecimento de minha escrita. Agradeço novamente à Monaliza do A hora da estrela pelo selo. Os ganhadores salvam o selo no pc, postam em seu blog e indicam outros blogs que também mereçam.
Bom, vamos lá.
Os blogs indicados desta vez são:
Morgana, com Inbox Love;
Patrícia, com Perto Demais;
Eloane e Tainá Fisher. com Além das nuvens;
Vicka, com Eu vou publicar seus segredos;
B. Guimarães, com Quem diria que viver dá nisso?;

Por enquanto é só.

domingo, 2 de maio de 2010

Cause I'm still breathing.

Nem acredito que amanhã já é segunda feira. Odeio essa monotonia que aparece da noite de domingo para o começo da semana. Me sinto incapaz de dizer ou agir, seja sobre qualquer coisa. Me sinto incapaz de acordar no dia seguinte. Acho que deveríamos somente ter àquela "volta a vida social" somente na terça feira. Assim poderemos ter a noção de quem somos novamente para continuar nossa caminhada. Aquela velha coisa. Viver, sabe? Ou apenas sobreviver, como tenho feito ultimamente. Eu vi meu mundo desmoronar em um segundo, e vi você por aquela janela, olhando para o outro lado como se eu não estivesse ali, como se você não pudesse me ver. Mas hoje eu sei de que tudo que preciso é de um bom travesseiro para afagar-me e um telhado para viajar. E a Katy canta: Oh I wish that was looking into your eyes... Será? São dez horas da noite e tudo me parece perigoso demais para ser tocado. Alguém precisa vir aqui e consertar esse medo de ser tocado lá no fundo.

One year.

Acho engraçada a maneira de como as coisas terminam. Pensei duzentas vezes de como reagiria quando esse momento chegasse. Despreender-se de uma coisa que esteve com você durante um ano nunca é fácil. É tarde demais para dizer qualquer coisa, e mesmo que pudesse dizer, não diria. Não há mais nada a ser dito. Tudo o que passei lá vai estar pra sempre no meu coração, assim como as pessoas com as quais eu convivi. Não lamento, sério. Tinha que ser assim. Eu só estava adiando o inadiável. Como diria aquela música que gosto: "Where do we go now?" Só Deus sabe. Deus. Não falo com Ele já faz um tempo. Sei lá, deixo as coisas fluirem. Só sei que trago em mim a vontade de estar sempre continuando, com ou sem aquelas mesmas coisas de um ano atrás. Até porque, eu não sou a mesma pessoa de um ano atrás. Só tenho coragem de ser nova, sempre.

sábado, 1 de maio de 2010

Time-time-time-time...

O tempo tem um começo e um fim. O que fazemos no meio dele, enquanto esperamos na sala de estar, é a vida.

I didn't know to where was going.

Saia de casa. Olhe para o céu, para as nuvens, para as estrelas. Use aquele sapato verde. Compre iogurtes. Mude os móveis de lugar, use roupas novas. Peça desculpas. Ande sem nenhum rumo a seguir. Visite seus avós. Fale com desconhecidos.Vá a um show de rock. Pinte sua porta de amarelo. Compre um papel de parede novo. Estude mais. Não tenha medo. Siga em frente. Corre atrás dos seus sonhos. Construa uma casa na árvore. Abra a porta, deixe o sol entrar e invadir todos os cômodos de sua casa. Desligue o computador. Ria até sua barriga doer. Chore até desidratar. Corra até cair de cansaço. Sofra tudo o que tiver para sofrer, mas não repita os mesmos erros. Olhe para você há um ano atrás e compare com o que você é agora. Tudo que você passou não foi em vão, você só é tudo que é hoje porque cometeu erros, magoou pessoas e te magoaram. Tenha uma máquina de escrever. Tire fotos polaroid. Sorria mais. Abra-se para futuros relacionamentos. Perdoe. Divirta-se mais com os amigos. Viaje. Tenha um gato. Seja tudo que eu não fui.

Selo.



Fiquei muito feliz de ter sido escolhida pela Monaliza do A hora da estrela para ganhar esse selo, que me deixou mais entusiasmada ainda em sempre estar por aqui, escrevendo meus sentimentos. Segundo a Monaliza, funciona assim: você clica no selinho, salva a foto, posta no seu blog e escolhe de 10 a 20 blogs que mereçam também.
Os blogs escolhidos por mim foram: Isabella Diniz, do blog Make a wish, Patrícia, do blog Perto DemaisRodolpho Padovani, do blog A arte de um sorriso, Thaís, do blog Remember, G Damasceno, do blog Verso Extendido, Mari Sottomaior, do blog Play or stop e Nathalie, do blog Que seja doce . 

É isso, Beijos.