terça-feira, 30 de março de 2010

Reality is your new best friend.

Estava na hora de cair na real. Porque eu achei que um príncipe lindo e maravilhoso, metido a Chace Crawford, poderia ser meu? E novamente eu pus sobre alguém toda a minha imaginação, fantasia. Nada disso é real, o que soa bem engraçado, pois tudo que eu sempre quis foi alguém que pudesse sentir minha mão fria nas tardes de inverno. E, na verdade, eu mereço sofrer. Quem sabe assim eu deixo de ser idiota e aprendo alguma coisa que valha a pena. Não tenho o mínimo direito de me sentir mal por você, se nem ao menos tive coragem de trocar um "oi" contigo. No fim, a única culpada da história sou eu. Espero que você siga sua vida e, de coração, seja muito feliz. Seja tudo que eu não fui. Devo aprender a não criar historinhas idiotas sobre pessoas. E sofrer sozinha. Quem sabe algum dia, um príncipe voluntário jogue pedrinhas da minha janela. Até lá, devo esquecer seu nome e as vezes em que te vi. Nem todo mundo pode viver no país das maravilhas. Sinto muito, coração.


Acreditem ou não, sonhei com esse texto hoje.  

segunda-feira, 29 de março de 2010

Arrive and enter.

Todo mundo tem um limite. Seja físico, mental ou psicológico. Alguma hora, a gente se rende. Eu cheguei ao meu. Cheguei ao limite de estar sempre criando um mundo para mim que não existe, cheguei ao limite de estar me iludindo. Eu tinha jurado a mim mesma que não iria mais repetir a mesma história de amar sozinha, de me esconder. Mas parece que por mais que eu fuja, o "destino" insiste em me pregar peças. E talvez, enquanto eu estiver esgotada de tudo, cada vez mais coisas cairão sobre minha cabeça. Eu quero uma coisa, mas gostaria de afastar isso tudo de vez. Lutar e me arrepender pelo tempo perdido no futuro. Não tenho certeza do que quero hoje, mas com certeza sei o que não quero para a minha vida. Quero paz, quero felicidade, quero estabilidade. Essa coisinha tão banal, mas que todo mundo quer, e precisa. Segurança para dar um passo a frente, sem ter medo de cair.

domingo, 28 de março de 2010

I feel a separation coming on.

Tenho aprendido, mesmo que involuntariamente e de forma teimosa, que a vida nunca pode parar, que eu não posso fingir que as coisas não estão ali, que eu não gostaria de mudar as coisas. Mas tenho medo. Medo, amargura, frustração. Olhar para trás depois e perceber que tudo não passou de uma mentira o tempo todo. Sentir algo mais perturbador e não conseguir cortar os laços umbilicais no futuro. E magoar, me magoar. Formas feridas que raramente se fecham. Mas baby, seus olhos me fazem esquecer disso. Feliz ou infelizmente.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Surprised roads.

Me apaixonei por você duas vezes. Na primeira vez em que te vi, e a segunda vez quando descobri o que você é por dentro.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Commotion with what doesn't happen.

"Vai passar". Estas são as palavras que eu mais tenho ouvido nos últimos tempos. Mas não vai, não é? Nada disso do que eu estou sentindo vai passar. A única palavra que sei usar ultimamente é tristeza. Tristeza profunda por tudo. Odeio encher as pessoas com as minhas lamentações, além do mais elas não podem me ajudar. Acho que ninguém pode. Queria chorar por dois dias e dormir durante três. Não sei se melhoraria alguma coisa quando eu acordasse, mas pelo menos eu tiraria todo esse peso de cima de mim. É como se tudo que eu venho feito nos últimos anos viesse junto em um só momento da minha vida. Dizem que Deus não dá uma cruz maior do que você pode carregar, mas acho que comigo Ele se enganou. Não sou nem um pouco forte e nem um pouco persistente. Só tenho uma fé burra em qualquer coisa banal. E mesmo que eu sempre repita minhas palavras, não consigo me convencer de que sou tudo isto e sinto tudo isto que escrevo. Minto descaradamente quando se trata de mim. Sempre foi assim. Me sinto tão triste, mas tão triste, mas tão triste que tenho medo de chegar perto de alguém e essa tristeza ser contagiosa. Vi isso numa série outro dia e concordei plenamente. A única coisa que eu sei sobre mim nesse momento é que sinto uma tristeza enorme e sem fim. Ninguém pode me ajudar. Nem os amigos, nem meus pais, nem a escola, nem os médicos. Como disse uma amiga minha, só eu posso me ajudar. A pergunta agora é: será que eu consigo? Talvez eu devesse chorar até secar por dentro. Aí então eu só teria a opção de sorrir. Sorrir por qualquer coisinha besta, por um pôr do sol, por avistar um garoto qualquer. Porém nem para chorar eu tenho liberdade. Se começo a chorar continuamente, vão perguntar o porquê do meu pranto. E essa é a parte difícil. Eu não sei explicar.

terça-feira, 23 de março de 2010

But darling, you are the only exception.

Eu não conheço seus olhos, sua pele, sua voz, seu jeito de sorrir, o modo como passa as mãos no cabelo. Provavelmente, eu nunca vou saber como é isto. Não por culpa sua, mas minha mesmo. Sou tão idiota que não consigo nem ao menos dirigir-lhe a palavra. Mas tudo bem. Estou acostumando-me com isto. Não sei se você poderia ser o amor da minha vida, não sei nada sobre você. Nem ao menos seu nome. Não sei se você é apenas uma criação da minha mente, que persistentemente quer uma pessoa perfeitamente perfeita, adequada aos meus padrões. Algum dia hei de criar coragem, pode crer. Ainda é estranho estar tão perto e tão longe ao mesmo tempo. É a mesma coisa do que se você estivesse do outro lado do país. E ainda ter a sensação de que não estou de jeito algum em seus pensamentos. Alguém me disse que sonhar de vez em quando é bom. Mas sonhar é uma merda. A única coisa que faz é te iludir. Ilusão de que você é especial, de que você pode ser uma entre um milhão. A ilusão de que alguém ainda vai querer te amar pelo o que você é, algum dia. Mas não vai, garoto. Nem você, nem ninguém. Como é que o Caio disse mesmo? Longe dos olhos, longe do coração. Pois é. Fim da linha. Chegou a hora de recolher os cacos que sobraram e partir.

domingo, 21 de março de 2010

Small Daily Encounters.

Oi meu nome é Jaci e moro duas ruas antes de você. Mas nunca perguntei seu nome. Talvez por medo, por falta de oportunidade. Por tudo, por nada. Sei que talvez você nunca leia isto que escrevo sobre você agora. Talvez você se mude antes mesmo de me olhar uma única só vez. Não lembro quando foi, mas te pus um apelido: garoto cheiroso. Nada demais, apenas quando subi atrás de você no ônibus de todos os dias senti seu aroma entorpecedor. Passei por você umas quatro ou cinco vezes, nada que pudesse ser altamente marcante. Mas de algum jeito, você ficou na minha cabeça. Alguém que eu só sabia onde morava porque o vi saindo de casa. Gostaria de, algum dia, poder falar com você. Um alguém que mesmo eu não sabendo seu nome, marcou muito mais do que pessoas que convivem comigo todos os dias. Coisas assim sabe garoto, não aconteciam pra mim naturalmente. Era como se eu fosse um repelente para os garotos ou qualquer outra coisinha bonitinha que pudesse aparecer pra mim. Eu sei que sou só mais uma garota no mundo que tenta sobreviver todos os dias. Todos os dias em que passo na sua calçada e finjo não te ver. Mas um dia... ah um dia, garoto. Um dia eu deixo de pensar, de ter medo e de escrever. Abro meu coração e tenho mais fé nos outros. One day...

Did I get your attention?

Não sei até que ponto mais eu vou aguentar ser o "alicerce" dos meus amigos. Gostaria de poder deixar de ser o consolo das noites tristes vez em quando. Não sinto mais medo do escuro porque sei que nunca houve e nem nunca haverá nada lá. Nem uma visita momentânea e perturbadora. Gostaria de poder chorar nos braços de alguém até que toda essa dor que eu carrego saia aqui de dentro. Chorar durante horas e dormir durante dias. E quando acordar, sentir-me uma pessoa nova. Sentir que todo aquele peso de andar por aí amargurada foi-se embora. Espero todos os dias por este dia. O dia em que eu poderei dizer que eu estou merecidamente feliz. Não sei até que ponto eu ainda consigo me manter de pé. Não sei até que momento eu vou conseguir ficar sem desabafar. Hoje, nem as minhas palavras conseguem aplacar minha tristeza. Tristeza sem motivo, sem prazo de validade, sem porto.

sexta-feira, 19 de março de 2010

You don't understand.


Estou cansada de que todas as coisas, quando são pra mim, são mais difíceis. Sabia que isso é quase bullying? Odeio quando as coisas não saem do jeito que eu quero na hora que eu quero. E ainda tenho que aguentar as pessoas dizendo que ainda não chegou a "hora certa". Que porre. Quer saber? Foda-se. 

quinta-feira, 18 de março de 2010

I am only trying to leave the things a little prettier.


Tenho sempre a esperança de que as pessoas, algum dia, consigam enxergar mais do que os olhos podem mostrar. Vez em quando me pego sendo observada. Devo me sentir estranha por eu sempre ser o olho que observa, não o objeto da observação. Tenho tentado não julgar as pessoas pelo o que vejo nelas. Isso é muito chato, eu sei. Quantas vezes eu já não ouvi que não devo tirar conclusões precipitadas sobre alguém? Mas eu não consigo controlar. É mais forte do que eu. Deixo, com o tempo, que a pessoa me prove se ela é o que eu pensei ou se devo mudar minha opinião. Tenho tentado, observando as pessoas, mudar meu modo de escrever. A maioria das coisas que escrevo são tristes e extremamente doloridas. Como não consigo falar, ponho todas as minhas dores nas palavras. Devo doer nas pessoas. Não sei se será nesta vida, mas eu ainda serei a vida de alguém. Talvez não seja nessa vida, mas eu ainda conhecerei o que significa a palavra felicidade. Gostaria de olhar para o meu futuro e me enxergar melhor do que estou agora. Ver que isso tudo que estou sentindo agora é só uma fase, e que vai passar. Tem que passar.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Still seeking and always its smell.

Magôo. Decepciono, me decepciono. Aprendo que nem todas as pessoas demonstram amor à minha maneira, e isso me deixa um pouco intrigada de vez em quando. Meu corpo está cansado, minha mente está confusa e meu coração continua deserto. Continua inanimado. Continua à espera de uma fantasia, de alguém que provavelmente não existe.

terça-feira, 16 de março de 2010

My God, I thought. I didn't think of God made time.


Não consigo definir o que sinto. É uma tristeza sem motivo. Talvez inveja do que os outros têm, e eu não. Será que eu sou tão má assim que não mereço ser feliz? Devo ter feito coisas horríveis na vida passada para estar "pagando" pelos meus pecados agora. Talvez, como minha mãe diz, nem todo mundo mereça a felicidade. Viver cada minuto como se fosse o último não é fácil. "Seja feliz o quanto puder", dizia o cartaz atrás do ônibus. Mas dá pra realmente ser feliz o tempo todo? Nunca conheci o que é felicidade. Talvez conheça um dia, talvez não. Minha vida é cheia de "talvez", "se" e "depois". E se não houver amanhã? Ainda me sinto como uma garotinha que espera ajuda dos pais para consertar as coisas. Mas eles não estão mais aqui. Tenho que enfrentar as coisas sozinha agora. Tenho que levantar a cabeça e pedir desculpas. Tenho que errar para aprender, tenho que chorar para saber poder sorrir de novo. Sou só uma garota tentando encontrar um lugar nesse mundo enorme. Às vezes me perco, sinto medo. Mas não desisto nunca de sonhar. Eu ainda acredito em algo maior do que tudo isto.

segunda-feira, 15 de março de 2010

like a hard candy with a surprise center.

Você pode me ver? Me ver de verdade? Você pode tocar minhas mãos, sentir minha pele fria? Será que você pode olhar dentro dos meus olhos e ver quem eu sou de verdade? Você pode me dar meu conto de fadas mesmo que eu saiba que nada disso vai durar pra sempre? Você pode me encontrar? Você pode ser real? Se sim, então, não me deixe ir.

do I still believe? perhaps.

"Sempre te amei, na verdade acho que me acomodei em te amar, sabe quando a gente faz de tudo, põe defeitos nas novas pessoas que estão aparecendo só para o amor que sentimos não sumir? Pois é, eu colocava defeito em todas, não queria deixar de te amar, mas ai apareceu uma pessoa que me tocou profundamente, e eu senti medo – o que sentia por ti já estava se modificando, sumindo – e percebi que só deixamos de amar uma pessoa quando somos tocados profundamente por outra."


              Cecília Helena


"Eu não pude dormir noite passada porque eu sei que acabou entre nós. Não estou mais magoado, porque sei que o que tivemos foi real. E se em algum lugar distante no futuro, nos vermos em nossas novas vidas, eu sorrirei para você com alegria e lembrar de como gastamos um verão embaixo das árvores, aprendendo um sobre o outro, e crescendo no amor. O melhor amor é daquele tipo que que acorda a alma e nos faz alcançar mais, que planta um fogo em nossos corações e trás paz a nossas mentes. E foi isso que você me deu. É isso que eu espero dar a você pra sempre."


             trecho de "Diário de uma paixão" (The Notebook)

domingo, 14 de março de 2010

confused, with fear and alone.

Sinto uma dor enorme por estar crescendo. Dói me olhar no espelho, dói não saber o que eu quero ser. Quem me conhece pelo menos um pouco, sabe que eu estou diferente. Não sei se para melhor ou para pior. Só sei que está doendo. Me dá sua mão?

sábado, 13 de março de 2010

When the night has come.

Olha, se te escrevo há uma hora dessas, é porque não consigo dormir com o peso das palavras dentro de mim. Eu quis tanto que você me ligasse essa manhã. Quis como nunca desejei outra coisa na vida. Desde que você me olhou pela última vez e saiu por aquela porta, as coisas tem ficado menos interessantes - em todos os sentidos da palavra. Eu queria ter te dito que você foi a única pessoa que fez meu coração bater mais forte e mais lento ao mesmo tempo. Queria ter te dito que eu amo cada parte sua, que seus olhos quando me fitavam, me faziam feliz somente por eu saber que você existia. Seus toques, seus abraços, seu cabelo bagunçado. Tudo que eu amava e tenho quase certeza de que para sempre vou amar. A época em você esteve sob meus braços foi a mais feliz de toda a minha vida. E agora só restam xícaras sujas de café e moletons amassados. Ainda me pergunto se nós termos nos separado foi um castigo divino ou algo do tipo. Talvez eu esteja pagando pelos meus pecados. Talvez eu não mereça você. E enquanto meus braços não forem mais capazes de te alcançar, meu coração continuará incompleto. Posso te dizer que agora, às 4 da manhã, eu me sinto perdida. Não nego que gostaria que você voltasse, assim meio de supetão, e batesse na minha porta. Mas não vai. Mesmo que eu não goste da idéia, já estou quase a aceitando. E que a gente ainda vai se encontrar, mesmo que não seja mais nessa vida. Tento repetir mentalmente todos os dias, pela manhã, que "independentemente de tudo, tomara que ele esteja feliz." Mas logo em seguida me vem "ele já não está mais aqui, não mais!" E me devaneio em lágrimas. Ah se você me ligasse hoje, querido... Provavelmente eu ficaria ouvindo somente a sua respiração, e imaginaria você aqui outra vez.

sexta-feira, 12 de março de 2010

I don't get to open my soul.


Não consigo mais chorar. Simplesmente fiz um bloqueio mental para isso. Não sei como, nem quando, mas está doendo. Como era que minha avó dizia mesmo? Tudo passa, até mesmo o que não se pode ver um dia sara. Grande mentira. Quero pôr toda a minha angústia, todo o meu medo, todo o meu desespero para fora e não consigo. Vomito algumas palavras, mas elas não conseguem chegar mais fundo. Tocar lá dentro, sabe? Costumava pensar que, à medida que eu iria crescendo, essa dor ia passando. Mas não passou. E creio, hoje, que não vai passar nunca. Minha auto-crítica, minha inexistente auto-estima, tudo. Tudo tem feito com que eu me sinta a ponto de não saber mais de nada. Não sei quem eu sou, não sei o que estou fazendo aqui, não sei o que eu quero. Só sei que preciso de ajuda antes que eu enlouqueça. Antes que eu saia pela porta dos fundos. Antes que eu desista de ser uma em um milhão. Antes que eu seque totalmente por dentro.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Wake up, guy.

À maneira que cresço, tenho percebido algumas coisas duras. Pessoas não tão boas assim, sentimentos novos e mais intensos, tudo é mais intenso. Tudo isso equivale há fáceis decaídas e momentos repentinos de felicidade e solidão. Não sou melhor nem pior do que ninguém, mas tenho uma especificidade própria que creio que seja difícil de encontrar. Creio que todas as pessoas foram feitas de uma forma especial, e portanto, são únicas. Nem mesmo os gêmeos são iguais. Aceitar as diferenças, mesmo que estejamos em um mundo moderno, ainda é difícil. Aceitar que você não é mais a princesinha do papai é difícil. Quem disser que não é com certeza está mentindo. É uma mistura tão grande de sentimentos que parece que vai nos sufocar. Respire fundo. Tudo vai dar certo, tem que dar. Eu, você e muitas outras pessoas viemos para fazer a diferença no mundo. Believe.

terça-feira, 9 de março de 2010

Who knows I am still a girl...

Todas as pessoas são masoquistas. Amar é o maior sofrimento que você pode proporcionar a você mesma. Vamos lá, ame, decepcione-se, chore, sofra, respire, viva. Nada como acordar pela manhã e e balbuciar-se de lágrimas. Isto tudo é viver. Não vivo. Respiro o tempo todo, mas isto nem sempre é estar vivendo.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Couldn't stay.


É como se eu fosse um Midas ao contrário, e tudo que tocasse, eu quebrasse. Considere isso em pontos de vistas literais e figurativos. E por mais que eu tente fazer as coisas do jeito certo, sempre acabam dando errado. Eu estou ficando cansada de tentar mudar as coisas, pessoas, situações, sentimentos dos outros. Estou sempre pronta a ajudar quando qualquer um precisar. Sou quase um disk-ombro amigo. Gosto de pensar que algum dia, depois que eu morrer, as pessoas que eu ajudei vão falar o quanto boa eu fui, e tudo que eu fiz por eles. Isso é meio mórbido demais, eu sei... Mas é a única coisa boa que eu sei fazer, ajudar. Não sei se me sinto bem ou mal com isso. Finjo que não crio, fantasio, imagino... mas crio, fantasio e imagino. E me perco de vez em quando. E para me achar, há um transtorno grande. Digo isso no sentido de não me afogar nas minhas próprias emoções. Gosto de imaginar como é a vida de alguém desconhecido. Seu nome, suas lembranças... me perder em suas lembranças. Sinto-me novamente em minha infância, que não foi tão boa assim porém me fez ser o que eu sou hoje. E bem, ainda não sei se isso é bom ou ruim.

domingo, 7 de março de 2010

It rains, please. It only rains this night.


Eu sei o que você sente. Você sente dor, medo, saudade, solidão. Eu conheço todo tipo de dor que você um dia vai experimentar. É ruim, muito ruim aliás. E todo mundo passa por isso. Mas vai diminuindo. Porém quando estiveres triste novamente, tudo aquilo que você detesta sentir vai voltar. Você se sente como se estivesse sozinha no mundo, como se não fizesse mais diferença para ninguém. Você se sente incapaz de amar alguém, por medo. Por medo de ser magoada de novo, com medo de magoar alguém novamente. Parece que todo mundo te sufoca, que ninguém entende como você se sente. E quando você fica triste sem motivo, só recebe críticas dizendo que é "coisa da idade". Mas e se essa coisa toda te acompanha durante o crescimento? Como lidar com uma coisa que parece que está entranhada em você? E tudo que o eu, você e muitas outras pessoas carregam por dentro é dor. Dor incondicional. Tenho tanto medo de chegar perto de alguém e "contaminá-la" com essa minha grande tristeza. Acho até que gostaria de ser feliz, mesmo que de vez em quando, só para não ter esses flashs de felicidade que me apunhalam e me cegam sobre o que a felicidade de verdade é. Tudo efêmero demais, falso demais, dolorido demais. E às vezes, tudo que você precisa é de um chão frio, um cantinho para se encolher e se esconder do mundo. Fechar os olhos e imaginar que, quando voltares a abri-lo, tudo vai estar melhor.

You get to answer?

Você ainda vai me amar amanhã?

sábado, 6 de março de 2010

Bust down the door.


Eu leio versos e não reconheço minhas palavras. Olho para o espelho e não exalto minha imagem. Penso sobre minha vida e descubro que ela não passou de uma eterna mentira. Tudo me parece meio falso demais, meio idiota demais, meio efêmero demais, meio inanimado demais. Estou cansada de ficar cansada. Tenho um freio de mão que, de vez em quando, sai do eixo. Nas palavras que eu escrevo, crio a ilusão de que algum dia eu vou estar em um lugar melhor. Simples e puro desespero de não querer morrer aqui neste lugar. Tenho vivido tão pra dentro, tão solitária entre os milhares, tão escritora demais. E por mais que eu tente fazer alguma mudança interna, as coisas não se movem. Tenho medo de mexer em algum alicerce, tanto de qualidades quanto de erros, e tudo desmoronar de vez. Não sei se suportaria. Não sei se alguém ligaria. Não sei e nunca soube de nada.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Friendship and coughs.





      Não me deixe ir
Composição: Cynthia Câmara e Jaci Macedo (05/03/10)

     Tenho pensado bastante sobre nós
     O que fazer do que nós fomos naquele tempo,
     Os restos que sobraram do meu coração
   E quando a noite vem, você é novamente meu paraíso
   O meu melhor sonho, minha doce ilusão

   Você me disse para olhar as estrelas,
   E pensar que uma delas é você
   Mas desde quando você se foi
   O que vejo são apenas nuvens negras
Que encobrem o céu
   E me impedem de te encontrar

   Ainda consigo lembrar da sua voz,
Dos seus grandes olhos castanhos
que podiam me ver por dentro
   Eu lembro bem de quando você me disse “eu estou aqui”
   Eu lembro muito bem das nossas promessas, querido
Promessas não cumpridas, os juramentos perdidos
Não me deixe ir
Por favor, não me deixe ir

   Posso sentir a chuva na minha pele
Mas não posso mais sentir que estás perto
   Por favor, olhe para trás e me peça pra voltar
Isso é tudo que preciso
É tudo que eu mais quero, querido

   Ainda consigo lembrar da sua voz,
Dos seus grandes olhos castanhos
que podiam me ver por dentro
   Eu lembro bem de quando você me disse “eu estou aqui”
   Eu lembro muito bem das nossas promessas, querido
Promessas não cumpridas, os juramentos perdidos
Não me deixe ir
Não me deixe ir

   Eu estou aqui parado, olhando para você
Esperando uma resposta, um sinal
   Me dê apenas um sinal
Chore, grite, faça alguma coisa
Mas volte pra mim


   Ainda consigo lembrar da sua voz,
Dos seus grandes olhos castanhos
que podiam me ver por dentro
   Eu lembro bem de quando
   você me disse “eu estou aqui” (eu estou aqui)
   Eu lembro muito bem das nossas promessas, querido
promessas não cumpridas, os juramentos perdidos
não me deixe ir
só não me deixe ir
não me deixe ir.

quinta-feira, 4 de março de 2010

I've got a tight grip on reality.

As coisas nunca saem do jeito que você imagina. Algumas vezes saem melhores, piores ou simplesmente não saem para nenhum lugar. As pessoas que você menos imaginou são as que mais te deram força pra seguir em frente. A ajuda que você precisou veio do canto mais inesperado. As respostas que você esperou, quando não vieram, te surpreenderam de um jeito estranho e perturbador. Coisas que você nunca pensou em fazer, você fez. Pessoas que você pensou que nunca te magoariam, magoaram. E ao longo dos anos você aprende que não há presente que não possa ser moldado e não há futuro que não posso ser mudado. Destino não existe, nunca existiu e nunca existirá. É apenas uma desculpa. É apenas fraqueza.  É apenas medo de fazer a diferença, mesmo que seja apenas na sua vida. Em alguns momentos, nós choramos um pouco. É uma maneira do corpo pôr pra fora a dor que sentimos. E nada passa. A dor apenas se transforma em uma saudade meio misturada com um sentimento de impotência, de burrice, ou somente de semancol. Não há no mundo alguém que não tenha errado pelo menos uma vez. Os erros são partes importantes. É com eles que aprendemos a pedir perdão e perdoar, e encarar o fato de que você não é um super-homem, inatingível. É com eles que aprendemos a não ter medo do que vêm pela frente. Errar é descobrir quem você é de verdade. Não há exceções para o amor ou qualquer outro sentimento, mesmo que errôneo. Com os anos que já vivi, a coisa mais importante que eu aprendi foi a nunca me deixar abater pelas decepções. Algumas vezes eu caio, contudo há sempre alguém para segurar minha mão e me ajudar a levantar. E é para essas pessoas que eu dedico todo o amor e carinho que eu tenho guardado no meu coração, tão calejado e conturbado. Não há contos de fadas, não há pessoas perfeitas. Ame seus defeitos e tente fazer deles alicerces para melhorar suas qualidades. Todo mundo tem um dom, mesmo que esse dom seja fazer alguém feliz.

quarta-feira, 3 de março de 2010

And I'm not holding on in needing you.


Sabe, eu quis por muito tempo um amor, mas cansei de tanto pedir a Deus, cansei de não ser ouvida, cansei de esperar, cansei de fantasiar, cansei da vida, cansei de mim; queria abrir um zíper nas minhas costas e tirar umas férias desse corpo cansado de amar errado, cansado de ficar pra trás, cansado de ser tão pessimista assim. Talvez eu não mereça mesmo. Talvez eu só sirva pra escrever e nada mais. Talvez eu só sirva para fazer os outros felizes, para ser o ombro amigo ou talvez eu apenas sirva para olhar e não ser vista. Talvez nem todo mundo tenha nascido para ser amado. Talvez as coisas nunca mudem. Talvez Deus não exista. Talvez o mundo acabe mesmo em 2012. Talvez... oh, somente talvez eu me sinta viva verdadeiramente. Talvez tudo, talvez nada.  E como diria Lispector, "eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa." Nunca se altera. Apenas não deixo que palavras sufoquem-me ao ponto de retirar-me o ar. Contudo, não creio que isto fará muita falta.

terça-feira, 2 de março de 2010

Don't trust me, baby.

Não considero mais que eu estar deitada numa tarde fria seja algum tipo de novidade. Reviro-me incontáveis vezes sobre os lençóis, esperando uma resposta, uma ação inesperada ou até mesmo uma porta derrubada. Não consigo abandonar a sensação de que sempre estarei sozinha, não importa com quantas pessoas eu esteja. É uma solidão interna, e internamente em mim ninguém pode entrar. Fui me fechando aos poucos; afastando umas pessoas aqui, outras acolá e assim estou ficando completamente só, nas vias de fato. Posso dizer que foi uma pena eu ter me tornado uma pessoa tão in, e todas as outras pessoas off terem ficado para trás. As pessoas insistem em me amar, mesmo sabendo que eu tenho uma predileção natural a magoar os outros. Foi necessário fechar-me para os outros para tentar encontrar a mim mesma. De vez em quando me perco, mas foi melhor assim. Fico impossibilitada de ferimentos e ferramentas para fazê-lo.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Somewhere over the rainbow.

Eu estou cansada de perguntas e respostas, esse seu joguinho idiota. Chegou num ponto em que eu me perguntava se você era tudo isso mesmo que eu tanto precisava, que eu tanto idolatrava, que eu tanto amava. Chegou num ponto que eu me perguntava se tudo aquilo e todo aquele ser perfeito existia de verdade, ou se era apenas um desejo íntimo meu. Quis a cada dia me tornar uma pessoa melhor pra você, sempre me doei 100%. E tudo que eu recebia de volta eram olhares vazios, cheios de ânsia de fuga. Se você voltasse hoje, sinceramente não sei o que te diria. Provavelmente ensaiaria durante horas na frente do espelho e quando sentisse seu cheiro perto de mim, eu congelaria. Não te tocar, não sentir sua pele pelo menos mais uma vez me angustiava. Se você voltasse hoje... bem, não encontraria aquela mesma garota de 5 anos atrás. Você realmente sabe como é dar seu coração pra alguém e a pessoa tratá-lo como se fosse menos que nada? Você sabe realmente como dói? E se você me ligasse nessa tarde ou até mesmo aparecesse, não sei se faria diferença alguma na minha vida. Você foi  aquela nuvem que eu quis descobrir sua forma. Contudo, ela não foi suficientemente forte para aguentar a tempestade que apareceu.