segunda-feira, 28 de junho de 2010

Baby, I can't stop running now.

"A vida vai ficando cada vez mais dura perto do topo."
Friedrich Nietzsche


Tem sido um longo caminho até agora.


Você se sente cansado, sem forças e nada tem dado certo para você. Não importa o quanto você tente, você nunca ganha. Você passou noites e noites chorando, querendo desistir e ao mesmo tempo querendo que pelo menos uma coisa desse certo na sua vida. Disseram vezes e vezes perdidas que você não iria conseguir nem passar da primeira etapa. Tentaram te pôr pra baixo, e você por muitas vezes pensou que não fosse bom o suficiente para o que desejava. Você pensou em desistir incontáveis vezes. Pensou em se acostumar com sua vidinha normal, com uma casa, um trabalho e contas a pagar como qualquer pessoa. Porém isso não foi o que você pensou para si mesmo. Algumas pessoas tem sido importantes nessa sua caminhada. Elas te fazem acreditar que você pode ser o 1 desse 1 em 1 milhão que você tanto fala. Pode ser difícil, mas não impossível se você manter a esperança. Eu sei como tem sido difícil, coração. Eu sei como dói a mudança e a mistura de sentimentos dentro de você. Sei como é se sentir sozinho, algumas vezes. Mas acredite: é melhor levantar-se da cama em busca de dias melhores do que ficar parado na varanda vendo sua vida e seus sonhos passarem, sumirem. Chore bastante, se preciso. Eu sei como é difícil manter-se acordado quanto tudo que queremos é dormir por meses seguidos. Eu sei.


Eu também me sinto assim. 


Mas vai passar.


Tem que passar.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

The words borrowed.

"Tenho me confundido na tentativa de me decifrar."
Adaptado de Caio Fernando Abreu.


Não há nada para ser subentendido hoje. Não há entrelinhas, frases sobrepostas, nada. Só há o que eu sinto de verdade. Se estiver já de saco cheio disso tudo, pare aqui.

Uma vez, quando criança, eu levei uma bolada no rosto. De início, doeu bastante é claro, mas depois eu corri para a minha mãe e ela colocou um pouco de gelo aonde doía. E assim, todos os dias, eu voltava a brincar. Hoje não dá mais.

Não dá para eu correr até minha mãe quando eu estiver sentindo alguma dor. Minha mãe não me conhece e eu não tenho confiança suficiente nela para contar o que sinto. Ela vai achar que é coisa "da idade". Nem para os amigos mais próximos eu consigo me abrir. Como se uma bola de tênis surgisse na minha garganta toda vez que eu tento algo dizer. Sou uma daquelas pessoas que escrevem por não conseguirem falar. E muita gente não me entende por causa disso.

Devo ter sonhado que estava caindo umas 500 vezes na vida. Todas as vezes acordei assustada, com meu coração batendo à mil por hora. Foi bom estar em terra firme. Foi bom ter um lugar pra chamar de casa. Um lugar no mundo, seguro e quentinho.

E foi aí que eu percebi que não tinha isso.

Tenho passado muito tempo no meu quarto. Acho que estou meio cansada das boladas na cara que ando recebendo da vida, das pessoas, de tudo. Não tenho certeza se estou pronta pra mais essa aprendizagem, não sei se consigo, se mereço. E ainda tem a minha maldição. Descobri que sou furtivamente amaldiçoada pela vida, e que por mais que eu tente, que eu saia, que eu me divirta, que eu me "abra" para as pessoas, que eu seja divertida, legal, simpática (mesmo que seja fingimento), nada disso vai fazer com que eu encontre a pessoa da minha vida. Eu acho que deveria colocar isso entre aspas, já que é praticamente uma utopia para mim.

Venho controlando a minha vontade de chorar hoje o dia inteiro. Não vou chorar. Não vou. Lembro-me de ter chorado, outras vezes na minha vida. Quando havia muita dor e o rio dentro do meu corpo queria sangrar. Que merda, estou fazendo frases subentendidas de novo. Não consigo ser clara. Doeu, muito. Pronto. E ainda dói, de vez em quando. Me dói pensar em tudo o que eu não tive. Tenho saudade do que não existiu, do que nunca foi meu, do que não me conhece. Me desculpe por alugar sua paciência. Isso tudo está uma merda. Esse texto, meu quarto bagunçado, minhas futuras provas do vestibular.

Minha vida.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

You never said it would save me.



Hoje é a primeira vez em anos que saio para andar nas ruas, então me dê um desconto. Ei cara, não me olha assim desse jeito. Você sabe que tudo que eu tenho feito é tentar fazer as coisas certas. Não é por você que eu estou fazendo isso. Nem tenho certeza de que é por mim que faço isso. Sabe cara, esse céu azul, essas pessoas felizes demais, acho que me incomoda. Sempre me importei mais com a felicidade alheia do que com a minha. Sempre me doei demais. E o que eu recebi em troca? Abandono, quando eu mais precisei. Eu caí em pedaços e  ninguém viu, eu estava me desfazendo pouco a pouco e todos se foram. Sabe cara, eu nunca fui muito sentimental não. Mas é que chega uma hora nessa vida em que a gente se sente muito sozinho, e esse meu coração está cansado de tanto levar pancada e de ser tratado como lixo. É, eu estou saindo de casa hoje. Quero ver se a grama desse parquinho é mesmo tão verde quanto me disseram. Digo, não quero fazer nenhum piquenique. Quero me sentar sob o sol e receber tudo o que há de melhor, tudo o que há de novo... Ah, como eu gostaria de que essa vida me doesse menos, sabe cara? É, acho que você já dormiu. Tranca a porta quando sair e deixa a chave em cima do meu vasinho de plantas. Aproveita e deixa o que restou do meu coração em cima do sofá. Quando eu voltar eu resolvo o que farei com ele. Se eu voltar.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Will you come home and stop this pain tonight?


"Como é estranha a natureza morta dos que não tem dor. Como é estéril a certeza de quem vive sem amor."
Cazuza
Sinto saudade.

Sinto falta dos tempos em que eu gostava de ser quem eu sou, sem medo. E se eu sinto falta, é porque eram bons. Por mais incoerente que isso me pareça, eu sinto falta de quando minha família ainda não me achava uma metida à besta, quando todo domingo nós nos reuníamos na casa da minha avó. Sinto falta dos amigos de antigamente. Pessoas com quem eu vivi toda a minha infância, hoje, nem se lembram mais de mim. Gostaria de ter mantido a amizade de todos eles. Assim, meio que casualmente, perguntar sobre suas vidas, sobre seus amores, até sobre o jogo do Palmeiras de ontem, mesmo eu não gostando de futebol.

Sinto falta do tempo em que eu não ligava para nada. Algumas coisas bobas me faziam feliz. Sinto falta das músicas que eu ouvia há cinco anos atrás, sinto falta de menos preocupações, sinto falta de não me iludir tanto... Mas se pudesse voltar no tempo, não faria nada diferente. Nas horas em que eu pensei que não aguentaria, eu aguentei. So-bre-vi-vi. Amigos não deveriam ser perdidos, assim como as melhores lembranças também não. Sinto falta de chorar lendo o que escrevo. É um longo caminho, cheio de buracos na estrada e planos b a opcionalmente serem seguidos. Na verdade, eu acho que esse é apenas mais um texto bobo sobre como eu perdi pessoas, e como eu verdadeiramente sinto falta de mim mesma, às vezes.

sábado, 19 de junho de 2010

Sad veiled bride, please be happy.

"Eu perdi o meu medo da chuva. Pois a chuva, voltando pra terra, trás coisas do ar." 
                                                                     Raul Seixas 


Era para estar chovendo, hoje. Em quase toda a região a chuva chegou, menos aqui. Eu, particularmente, adoro chuva. Quando chove, gosto de ficar dentro de casa, ou escrevendo ou lendo algo de bom. Isso evita pensamentos impróprios. Quando faz sol, fica muito claro e na maioria das vezes afeta a minha visão das coisas. Prefiro o escuro. Prefiro ver as gotas d'água atingirem a minha janela, prefiro ver a solidão das ruas levadas pela enxurrada. Chuva, instintivamente, representa uma tristeza. Para mim, ela significa ficar mais dentro de si mesmo, mais conhecedor do que você é. Algumas vezes, me perco fazendo isso. E muitas outras, tenho medo até de começar. Essas coisas meio sem sentido, meio avassaladoras, meio surpreendentes demais são como uma porta de chegada à um abismo perigoso. Ainda não sei se vale a pena pular, mas também não sei se vale a pena ficar apenas vendo todo mundo atravessar essa ponte que nos leva ao desconhecido e eu ficar para trás por medo de que talvez essa ponte parta-se ao meio enquanto eu a atravessar. "Foda-se", diz uma parte de mim. "Você está disposta a se machucar de novo?", pergunta-me a outra parte. E então eu fico outra noite esperando a chuva, que talvez quando caia, me traga uma resposta. 

quarta-feira, 16 de junho de 2010

I cannot hear your heart beating.


"Eu não vim aqui pra dizer que não posso viver sem vocêEu posso viver sem você. Mas eu não queria."
Adaptado do filme Dizem por aí.



Talvez um dia eu te encontre por aí. Talvez numa tarde eu te ligue, te chamando pra tomar um café quente em novembro. Talvez um de nós seja seqüestrado por um OVNI, mude de país, de vida. Você podia ter tido tudo. Você podia ter sido meu tudo. Você podia ter feito diferença na minha vida. Não consigo pedir desculpas por não atender mais suas ligações, por apagar todas as suas mensagens, por apagar você da minha vida. Não sei se teria conseguido te esquecer de outra maneira. Preferi fingir que você nunca existiu do que ter que suportar ver a sua felicidade. Pode dizer que eu sou egoísta, infantil, imatura; eu simplesmente não me importo. Um dia já me importei, pode crer. Hoje, nem sinto pena. É triste ver que hoje meu coração não balança mais quando eu falo você. É triste não sentir cada milímetro do meu corpo ficar em transe quando você aparece. É triste o fim de uma coisa que eu nem sei bem ao certo se um dia existiu. Você não precisa de mim, assim como eu não preciso mais de você.

domingo, 13 de junho de 2010

And you could have it all.

"Oh, baby, eu sinto muito por não ser quem você quer, por não ser quem você ama, por não ser quem você se importa."
Lovers are in trouble - Beeshop


Seria tão bom se deixássemos de lado todas essas coisas, todas essas interferências, todos esses amores infrutíferos, todas essas cordas que nos prendem ao precipício, esse medo besta de pular, de se entregar, de sentir o vento no rosto. Este meu coração, tão calejado, que vive me puxando para viver uma vida toda pra dentro, dentro de mim, às vezes sofre por andar por aí tão solitário, tão sem rumo, tão cheio de amor inutilizado. E novamente essa compulsão terrível de querer descobrir o que as outras pessoas pensam e sentem ou qualquer outra coisa sobre mim e sobre as coisas que andei fazendo ou sendo me exasperam. Me consomem como se eu fosse um copo de água transbordante no meio do deserto e eu, inocentemente ou não, me perco em gargantas, em pedaços de pele, em cheiros de jasmim em cabelos como se o mundo fosse acabar amanhã. Ah, como seria bom...

sábado, 12 de junho de 2010

And tell it like you still believe.

"Eu quero alguém que me ame por quem eu sou. Eu quero alguém que precise de mim, isso é tão ruim?"
Who I Am - Nick Jonas and The Administration


Então tu me vens e me invades o pensamento como um oceano carregado de águas encharcadas de presente, passado e futuro. Você me mente dizendo todas as vezes que minha pele é a única que você gosta de cheirar, e a maneira de como você coloca suas mãos sobre minha face e me beija lentamente, reconhecendo cada parte dos meus lábios é inacreditável. E toda vez que tento me desvencilhar de seus braços, você sempre me puxa novamente pela cintura e me prende. Talvez eu nunca queira me soltar. A cada vez que nós brigamos eu sinto uma vontade enorme de gritar "foda-se" e ir correndo de novo para você. Somos tudo, somos nada. Não consigo acreditar na sorte que tive. És como o vinho que deixo adormecido no porão. Sinto em dizer que te odeio por quase um segundo; detesto sua maneira blasé de chegar na minha casa. Um parasita que dominou totalmente as minhas veias, o meu sangue, tudo o que sou por dentro. E por algum motivo estranho, preciso do cheiro dele impregnado nas minhas paredes. E, novamente à noite, acordando os vizinhos, grito: Por favor, exista! 




Feliz Dia dos Namorados, pra quem tem.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

You've got to reach out a little more.

Desculpe-me. Desculpe-me por ainda sonhar com você. Desculpe-me por ser tão evasiva às vezes, desculpe-me por querer que você exista. Devo ter te escrito umas duzentas cartas, sem endereço. Simplesmente porque não sei onde você mora. Se eu estou falando sozinha aqui para essas paredes frias, a culpa é da vida que não me deu um amor, então sem o menor escrúpulo eu tive de inventá-lo. Assim, com todos os defeitos que eu sempre busquei. Desculpe-me se eu estou sendo piegas demais. Acho é que realmente estou ficando aquele tipo de pessoa amargurada, sabe? Que incomoda-se com a felicidade alheia. Eu não queria ficar assim. Juro como não. Mas parece tanta sorte alheia e tão pouca para mim. Devo ter chegado atrasada, de pijamas e com o cabelo todo bagunçado na fila para receber a tão desejada "lucky in love". Não sei se você me entende muito bem. Saio de casa todos os dias com a esperança de que o amor da minha vida esteja assim, meio que casualmente, encostado num ponto de ônibus, olhando a maneira como meus cabelos desvencilham-se do vento. Mas que pessoa em sã consciência, hoje em dia, observa essas coisas? São poucas. E com certeza não importam-se com os meus sapatos sujos. Desculpe se você não foi real.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Taking a ride, chance to my side.

"Não acredito no amor, não acredito na raiva, não acredito em alguma coisa que você não possa quebrar."
Garbage - Stupid Girl


Às vezes eu acho que talvez eu deveria ser estudada pela ciência, após a minha morte. Ficaria feliz de encontrar alguém tão confuso quanto eu. Sei que pode parecer egoísta, mas hoje eu não quero cuidar de ninguém. Não quero ser mãe de ninguém. Só quero me ser; subir as ruas, avenidas, montanhas, atravessar oceanos sem um porto, sem alguém que me prenda nesta velha cidade. Ainda me sinto, de maneira engraçada, como estivesse numa cidade assolada por algum tipo de doença terrível, como a Peste Negra. Como se eu fosse alguma espécie de Resident Evil e sobrevivera, e estivesse sozinha. Mas eu sei pelo o que eu estou continuando. Sei porque estou aqui. Sei o que tenho a fazer, a conquistar, a melhorar. Não sou nem serei melhor do que ninguém desta galáxia, mas ando meio cansada. Cansada de tentar acertar. E quem disse que eu consigo ficar parada? Prefiro andar no meio da chuva do que ficar parada esperando um raio atingir-me. Não importa se eu fracassar. Prefiro arriscar-me a cair do que ficar parada vendo minha vida passar. Todas as vezes que eu cair, voltarei mais forte. Todas as vezes em que eu cair, pensarei que não conseguirei sair do chão. Mas sairei. E agradeço por estar viva. Subirei todas as ruas, avenidas, montanhas e atravessarei todos os oceanos que puder deste planeta. Na constante busca de conseguir acreditar de novo. Você sabe, nessas coisas que dizem ser essenciais para a vida. 

"Onde se encontra o porto final de onde não partiremos mais?"
Anônimo.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

A lot of thing to say nothing.

"Ela nunca ia muito longe de sua casa. Ela leu sobre pessoas que nunca poderia ser. E aventuras que nunca poderia ter."                                      Pushing Daisies



Certa vez, eu vi um anjo. Ele nem era assim muito bonito, sabe, era até comum demais para que eu o denominasse um anjo. Não era o mais bem vestido, não era o mais alto nem o mais magro. Mas ele brilhava mais do que os outros. E talvez não soubesse disso. Mas ele fugiu. Talvez estivesse assustado demais para qualquer movimento estranho. E eu também. A maior parte da minha vida, eu passei dentro de casa. Gostaria de dizer que fora rodeada de livros, mas meus pais nunca ligaram muito para isso. Talvez e provavelmente tinha um medo de que, ao doar-me muito, além da conta, eu não poderia receber a mesma coisa em troca. E pra falar a verdade, nunca recebi. Sempre gostei de fantasiar esses pequenos momentos, essas aventuras, essa vida exaltante. Desde muito nova, sempre gostei de inventar histórias. Vivi por muito tempo uma vida que não era minha. E nem sei se ainda vivo. Há momentos em que afastamos assim essas pessoas menores, meio que aos poucos, primeiro tirando-as da sua lista de natal, de aniversário e afins. Depois, percebo que não sobrou quase ninguém. Nada mais do que flores estranhas no meu jardim.

P.S.: Agradeço à Cristina Moura do blog sei lá, sabe por mais esse selinho. Muito obrigada a ela e a todos que me presenteiam com esses selos lindos. 
Regras:
1- A maior bobagem que você já fez?
Me arriscar por alguém que não valia a pena. 

2- O que os outros consideram bobagem e você não?
Ler.

3- Indicar o selo para 5 blogs:

No meio de tudo você;
Aqui dentro tá um caos, deixa passar...;
NEON STAR
Meu lado escritora
PLAY OR STOP.


sexta-feira, 4 de junho de 2010

I don't wanna hear


Agora sim parece que as coisas estão se encaixando. Tudo do jeito que eu sempre quis. E eu não vou permitir que ninguém estrague minha felicidade. E sim, isso é uma ameaça. Não me importo. Quem me ama, está feliz porque eu estou feliz. Eu jurei que não ia me esquecer de quem eu sou. E não esqueci. Eu vou ser tudo que eu sempre sonhei.


P.S.: Agradeço ao Rodolpho do blog A arte de um sorriso por mais um selinho. Muito obrigada mesmo.


quinta-feira, 3 de junho de 2010

Post de agradecimento.

Esse post não tem nada demais. Esse post é só pra agradecer à todas as pessoas que sempre vêm aqui nesse meu humilde blog. Todos vocês que visitam, e mesmo que não comentem, muito obrigada. Obrigada por aguentarem meus momentos melancólicos/suicidas/solitários/bipolares/revolts. Obrigada a quem comenta, e a quem não comenta. Obrigada a todos que me seguem. Obrigada pelos gestos de carinho que recebo nos comentários. Vocês não sabem o quanto me faz bem. Prometi a mim mesma que um dia iria conhecer todos vocês. E eu nunca prometo o que não vou cumprir. Enfim, obrigada. Vocês e esse blog aqui são muito importantes pra mim.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Nothing unusual, nothing strange.

"Odiei as palavras e as amei, e espero tê-las usado direito."    
  A menina que roubava livros, página 459.



Quase não tenho nada a declarar nesses últimos dias. Geralmente, eu detesto ficar sem escrever, mas me sinto tão vazia que as palavras nem chegam mais até mim. Sabe, eu estava tentando ser feliz, cara. Sério mesmo. De todas as formas possíveis e inimagináveis. Sair com os amigos, ser mais gentil com as pessoas (embora que isso me dê urticária vez em quando), basicamente, ser feliz, entende? Mas está faltando. Alguma coisa. E não, não é um amor o que eu tô precisando. É algo muito mais profundo. Mais sutil do que isso eu não consigo, desculpe.

Desde que eu era criança, eu sempre tive um certo receio de me aproximar das pessoas. Aprendi cedo que as coisas nunca duram. E quando estão dando certo por um certo tempo, alguma coisa está errada. Sempre tive poucos amigos. Sempre tive poucas pessoas com quem contar. Sempre tenho medo de que as coisas esvaziem-se da minha mão. Na verdade, tenho medo de ser rejeitada. Em qualquer sentido. Acabei tornando-me o que mais dizia para que as pessoas não fossem: medrosa, confusa e paradoxal. Queria poder ser feliz pelo menos uma vez na vida, cara. Só pra saber como é isso. Mas nem.

Isso tudo é dedicado à você, que nem mesmo imagina que seja você de quem eu estou falando.