quinta-feira, 1 de abril de 2010

Happy ends?

Não lido bem com finais. Seja do que for: de amizade, de livros, de ano, de filme e afins. Acho que o "final", propriamente dito, pode ser encarado de duas formas: como uma maneira de recomeço ou com a tristeza de que tudo que você conhecia e amava já não está mais lá. Fim, acabou, terminou, nunca mais nada será como era antes. Após um final, choro compulsivamente. Como se a chuva acumulada desses anos de seca viesse de uma vez só, misturando-se com as minhas lágrimas que tanto doem. Mas depois, abre o maior sol. Sinto os raios solares queimando minhas pálpebras e sou obrigada a acordar. Literalmente. E me dou conta novamente que tenho que seguir em frente, com ou sem aquilo. Ou sem aquele alguém. E mesmo tendo passado diversas vezes por isso, não consigo me acostumar. Ser deixada pra mim é a pior coisa que eu posso sentir. Talvez com o passar dos anos, essa aversão a finais se finde. Porém ainda acho injusto uma coisa ser tirada de você sem o mínimo aviso prévio. É como se te puxassem o tapete sob seus pés e você caísse de uma vez só no chão. E não conseguisse mais levantar. Não considero adeus uma palavra, mas sim até logo. É como dizer que um dia a gente se vê novamente. A gente se vê, coração.

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