terça-feira, 6 de julho de 2010

Defenestration + outflow.

Defenestração.

(de.fe.nes.tra.ção)
sf.
   Ação de lançar alguém ou alguma coisa pela janela.

Diariamente tenho essa vontade. De-fe-nes-trar. Jogar essa merda toda pela janela e sair correndo pra casa, assaltar o saco de biscoitos no armário e jogar video game até vesga.

Mas não dá. Tem muita coisa em jogo.

Ok, nem tantas coisas assim. Uma viagem, um livro e uma universidade. Isso. Esses sonhos que a gente acalenta quando é adolescente. E na verdade eu estou cansada de me lamentar. Tenho pressa e meu coração jovem necessita do imediato. Sabe como é que é, não é. O mundo pode acabar amanhã. E não quero partir sem ter somente passado por essa vida. Quero deixar meu nome da história, mesmo que seja no rodapé dela. Mas a vida não tem me ajudado em nada.

Eu não ganho nada. Nunca ganhei. Nem grampo de cabelo. Nunca ganhei bingo, nunca ganhei sorteio, nunca ganhei um "eu te amo". Eu quero sorte nessa merda de vida, oras! Nem que seja uma quantidade mínima dela. Estou cansada de tanta frustração, de nunca ganhar. E nem venha me dizer que pensamento positivo atrai coisas positivas. Se fosse assim, eu já teria ganhado na loteria pela quantidade de pensamentos.

Minha vontade é jogar tudo o que tiver ao meu alcance na parede, mas minha mãe me mataria. Merda. Quando tiver uma casa, comprarei vasos só para jogar na parede. E que texto mais imbecil, esse. Acho que é o texto mais imbecil que eu já escrevi na vida. Ninguém precisa ler, se não quiser.

Pois é, eu vou gritar até minha raiva/dor/indignação com essa merda de vida passar. Se passar. Vou gritar até minha garganta cessar a minha voz por excesso de uso. Que se foda. Como diria o Caio, eu preciso ser internada. Me internem, porque eu acho que eu tô louca. Cara, só faltava isso: loucura. Fora o meu lado esquizofrênico de ser. Tô tão cansada, sabe. Preciso tanto de um colo, de um abraço que não me encha de perguntas, de um silêncio. Preciso de menos gravidade e pelo menos um sinalzinho sequer de sorte. Não dá pra ignorar o fato de que eu quero muito uma determinada coisa. Não pessoa, coisa mesmo. Preciso de tantas coisas que nem sei se consigo enumerar. Que se foda também. Aliás, que tudo vá para o inferno. Antes que eu jogue tudo pela janela. Droga, a janela é baixa. As coisas sempre vão acabar na minha porta.

6 comentários:

  1. Também tenho algumas reações como essa de De-fe-nes-trar. "Mas eu não posso, eu sei que não posso, tenho de me conter."
    Não me canso de te elogiar, que texto agradável para se ler. Seu Blog é fantástico.

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  2. Também sinto vontade de defenestrar váarias coisas, de jogar tudo pro alto e esquecer de tudo, mãas não dá =T
    Amo os teus textos *--*
    Jaacii sz

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  3. ah jaci BICU
    eu te amo, e sei como é querer esse "abraço"
    conta sempre comigo, mesmo longes, te seducirei tonight @..@

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  4. Na verdade , na minha humilde opinião metida você deveria dar esse salto da janela por você mesma.O problema não está nas coisas que você quer arremessar, o problema tá nesse coraçãozinho aí.Então se joga da janela e quando achar que tudo que não prestava aí dentro já se esborrachou, levanta e vai curtir as coisas que você não jogou pela janela.

    ( Nos desenhos animados funciona, com você também dá, mesmo que seja dormindo).

    - Boa sorte ;)
    Beijo, boa semana.

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  5. Muito boa a postagem.
    Já sentia a vontade de fazer o que o significado dessa palavra dizia antes de saber qual era, haha.
    Beijos

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  6. Olá,desculpa pela demora em vim lhe visitar.
    Tive um problema no pc e fikei uma semana afastada do blog.
    Mas já estou voltando a postar.
    :*

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