sábado, 3 de julho de 2010

The night of the nightmare.

Conto de terror. 
(se você tem estômago fraco, recomendo que tenha tome cuidado.)


Sua respiração estava ofegante. Sua visão nada a mostrava, então decidira usar o tato. O ar estava tão tenso que podia ser cortado com uma faca. O sangue ainda estava em suas mãos. Corria esbarrando nos móveis velhos da casa abandonada. Corria dele. A adrenalina percorria o seu corpo incessantemente. Parou de correr chegando à sala, escorando em uma das pilastras da casa. Podia ver o ar gelado sair de sua boca enquanto ofegava. Sabia que tinha que sair dali o mais rápido possível. A porta estava mais próxima do que nunca. Notara que sua perna sangrava, o que tornava seu caminhar mais lento. Rasgou um pedaço de sua camiseta com as mãos e fez um torniquete na perna. Fez isso o mais rápido que já fizera em toda a sua vida. A luz da lua que entrava pela janela lateral da sala dava ao lugar uma aparência aterrorizante. E tudo o que Jessica queria era sair de lá de uma vez por todas. Não agüentava mais aquilo todos os anos. A caçada. Estava a 10 metros da porta. Era sua liberdade. Pôs a mão sobre a maçaneta. Sentiu uma onda de sentimentos felizes varrerem-lhe o corpo. Estava pronta para sair quando foi puxada pelos cabelos.
- Bem vinda à noite do pesadelo, docinho.

Ele arrastou-lhe escada a cima, levando-a para o quarto no fim do corredor. Sua face desfigurada ficava mais terrível com a pouca iluminação que a casa tinha. Em uma de suas mãos estava seu inseparável facão. Amarrou Jessica no teto, suspendida por correntes. Passou calmamente o facão sob sua face, em meio à suas lágrimas.
- Cristy, não faça isso – implorava ela.

Era inútil. Habilmente, fez um corte na barriga, fazendo jorrar sangue pelo chão encardido. Depois, enfiou o facão mais fundo, atingindo seu estômago. Os gritos de Jessica não eram ouvidos por ele. Ela tinha de pagar. Cortou-lhe os dedos um a um, os das mãos e dos pés. O sangue em suas mãos o dava mais prazer ainda. Estava vingando-se de sua morte. Ela havia o matado, então era justo que ele a matasse também. Não adiantou as palavras de Jessica dizerem que foi um acidente. Todos os anos, Jessica morria pelas mãos de Cristy. Sua alma não tinha descanso. E ele nunca se cansava de vingar-se. Depois de retalhá-lha toda, cortou-lhe a cabeça com um golpe só. O sangue e os restos de seu corpo sumiram. E Cristy voltou para debaixo da cama, onde haviam colocado seu corpo quando o mataram. Ele está à espreita e à espera de um próximo ano, ou de uma próxima vítima.


Obs: É a primeira vez que posto esse gênero de texto aqui, e que realmente mostro isso em público, portanto peguem leve comigo *corre para atrás da pedra*
Obs.²: Se você leu até o final, sabe porque me chamam de sanguinária.
Obs³: Sim, eu adoro um sangue nas histórias, por incrível que pareça.

10 comentários:

  1. Me deu um certo arrepio, confesso.
    Não é o genero que eu gosto, mas está perfeito, parabéns!

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  2. Parece que já tem uma longa experência. E parece que será assim que qualquer gênero que produir. Parabéns.

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  3. Uaaau, enquanto eu lia eu me lembrava do Freddy Krueger, do filme "A viagem maldita" e de Supernatural tbm...
    Ficou muito bom, bem sangrento e com a qualidade de seus escritos, se tiver mais desses eu adoraria ler...

    Bjs =)

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  4. Ommg, o melhor texto que li seu até agora. Não é por causa do terror - ok, É SIM por causa do terror - mas a sua forma de escrever passou exatamente o que eu queria sentir: nojo, agonia e palpitações. Ainda desejo conseguir escrever um conto de terror.

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  5. Enquanto lia seu conto eu lembrava de Supernatural, agora eu me esqueci o nome do episódio, lembro-me que é na 2ª temporada.
    Seu conto ficou muito bom, gostei muito do clima de terror. Perfeito.

    Muito bom o blog.Parabéns!

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  6. Linda postagem flor. Tô passando aqui pra agradecer o carinho e pedir desculpa pela minha ausência aqui! Beijos, até mais :*

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  7. Ficou demais! Também adoro um pouco de sangue nas histórias haha. beijos

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  8. Fiquei um pouco tenso, Jaci. Se você visitar o meu blog vai notar que este gênero não é o meu. Mesmo assim eu gostei, pois gosto do texto que causa uma reação e respeito as diferenças. Ainda bem que existe variedade de expressões, senão seria um tédio viajar de blog em blog como faço.

    Abraço do Jefhcardoso

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  9. Teeenso,rs
    Mas muito bom viu, da vontade de continuar lendo pra saber o que vai acontecer, confesso que não sou muito fã desse gênero, mas quando ele é bem escrito, bem expressado vale a pena ler !
    Parabéns, muito bom ! =D

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  10. AMIGA VC.É PERFEITA EM TUDO QUE ESCREVEEEEEEEEE!!!AMEIIIIII!!BJUS1!!

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