terça-feira, 6 de janeiro de 2015

The Depression Diaries, nº 31 - Trip, pt 2

Em meados de 2011 eu escrevi uma carta pra eu mesma abrir e ler em 2019, ou seja, em 8 anos. Tanta coisa aconteceu nesse meio tempo, de 2011 pra cá nesse momento de 2015, que eu nem sei mais se reconheceria minha própria escrita no papel. Eu era uma pessoa completamente diferente e agora eu sou uma pessoa completamente diferente, só que não pra melhor como minha eu do passado esperava que eu estivesse sendo. Desculpa, inclusive. Não sei como diria pra essa minha antiga eu que eu nem sei se vou conseguir sobreviver até 2019. Que nem sei como vou conseguir sobreviver a 2015. Que nem sei o que vou fazer semana que vem quando voltar pra minha cidade e pra minha realidade sem amigos. Eu quero tanto, mas TANTO morrer. Nunca quis tanto antes em toda a minha vida. Não que eu não esteja apreciando a presença dos meus amigos que me amam e tal. Não que eu não esteja com saudades da minha família e dos meus bichos. É só que eu não consigo sentir nada além da vontade de que caia um meteoro em cima da minha cabeça e acabe tudo isso. Não consigo sentir remorso pela dor que causaria àqueles que me amam, não consigo não olhar pros meus amigos aqui e não tentar gravar todos os momentos com o máximo de detalhes possíveis por que meu cérebro me diz que será a última vez que eu vou vê-los. Eles merecem coisa melhor do que eu, de verdade. E eu nem sei mais quem sou eu, o que vou fazer, quem vou ser, como vou ser. Sou rascunhos de uma história bagunçada.

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