segunda-feira, 1 de setembro de 2014

The Depression Diaries, nº 24 - Fake plastic me

É muito difícil estar sozinha. É alguma coisa que eu não sei mais, mas que só sinto. Esse vazio que procuro quando tenho que me lembrar do porque tou sobrevivendo a isso. Geralmente porque tem pessoas que se importam comigo, que me amam, etc. Se eles tem medo de conviver comigo nesse estado, imagina eu. Eu queria ser alguém que a presença não fosse tão pesada, alguém que conseguisse expor claramente o que pensa e sente. Mas não sou. Eu consigo escrever, mas a força desse contra ataque é pequena demais, quase inútil. Ninguém me lê mais porque tá cansado de sentir pena de mim, de rir quando eu digo que preferia ter morrido a ter saído de casa. Eu perdi a graça pras outras pessoas, e então elas preparam o terreno pra partir. É difícil, claro. Eu continuo me adaptando, mesmo sem querer, mesmo sem ter nenhum amigo ou parente pra me apoiar de de verdade. Pra quê eu ainda não sei, talvez eu descubra. Ou não. Depois de um certo tempo não há mais palavras para serem ditas. Todos os pedidos de ajuda se desvanecem e eu também, e eu também.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Talk talk talk / Don't you know where you want to go /
Start something new, that you know where you want to go