quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

The Depression Diaries, nº 34 - Me leve a mal

Eu não sei como começar conversas, não sei como começar amizades, não sei como desenvolver intimidade e muito menos como falar sobre mim e meus supostos sentimentos (de existência não confirmada). Ainda assim eu consegui ter apelo suficiente pra que algumas poucas pessoas quisessem ser minhas amigas (?). É complicado pra caralho se importar com as outras pessoas (?) e ter sentimentos (?) e elas terem sentimentos (?) por que meu cérebro literalmente faz um ??????!!!!!!!!??? dentro da minha cabeça. Acho que eu ainda tou aprendendo a lidar com o fato de que as outras pessoas por algum motivo são afetadas sim pelas minhas ações. Durante minha vida inteira, quando eu me senti muito ameaçada ou vulnerável minha reação imediata era me isolar simplesmente por que eu sempre considerei que fosse substituível. Às vezes ainda acho que sou, e a pior parte é que não fico mais triste sobre isso. Eu só quero que as pessoas que eu amo sejam felizes, independente da minha presença ou não. Minha auto estima é tão baixa que eu já deve ter chegado no nível do pré-sal. Eu ainda gosto das pessoas, tho. Acho que só não gosto mesmo é de mim, e não acho que seja necessário eu fazer os outros passarem por isso (eu). Nunca foi minha intenção magoar ninguém, de verdade. Se eu pudesse eu tomaria todas as dores de todo o mundo e estocava dentro de mim. E tem dias que eu acho que acabei conseguindo o que eu queria, afinal.

"We assume others show love the same way we do — and if they don’t, we worry it’s not there." 
Amy Przeworski

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