segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Now your nightmare comes to life.
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Cause come the morning I'll be gone.
Todo mundo sabe que implicância é afrodisíaco. Provavelmente, eu casarei (que palavra horrível) com a pessoa que eu mais detestar nessa vida. Porque cá entre nós mulheres, sempre pendemos para o lado daquele cara mais cafa possível. Não podemos dar a ninguém nessa vida a responsabilidade de nos completar, porque nós podemos apenas ser complementados. A maioria das pessoas separam-se porque não entendem isso. Cobram tanto do outro uma coisa que nem eles mesmos podem oferecer. Aquela velha coisa sobre dar sem querer nada em troca - o amor de verdade - já quase não existe mais. E não é preciso pagar terapia de casal para descobrir isso.
Na verdade, eu entendo um pouco sobre o amor. Mesmo que nunca tenha sido amada - ou pelo menos acho que não. Não que eu tenha ficado sabendo. Tudo o que eu tenho visto nos últimos anos são pessoas maravilhosas sendo tratadas quase como nada por causa desse troço chamado amor. Quando se sabe que tem alguém nas mãos, troca-se sentimento por dominação. Aquela babaquice do "não sei viver sem você". É claro que sabe. Você viveu durante anos sem a pessoa, não é agora que vai morrer da falta dela. O negócio é que você não quer, é diferente.
Ainda não sei como é que ainda existem pessoas que aceitam submeter-se ao outro. No amor, a gente sempre anda do lado do outro, não atrás. Pode me chamar de feminista ou qualquer coisa do gênero, mas mulher que se submete a um cara não merece o meu respeito. Poxa vida, essa sou eu: saindo de foco do assunto. A questão é que cada vez se ama mais pelos defeitos do outro do que pelas suas qualidades. Esse pessoal de hoje em dia que acha que um "eu te amo" diz tudo está meio leigo da situação. Muitas vezes não quer dizer absolutamente nada. Como um beijo na testa pode significar dez mil vezes mais do que um beijo desentupidor de oceano pacífico.
Agora sente e escute: cuide do seu amor, seja ele quem for. Você pode brigar todos os dias com ele, ou pode viver numa paz celestial com o mesmo. Mas agradeça por tê-lo e pense todos os dias: ei, eu tô com ele/ela, cara! Lembra quando eu disse que entendia um pouco sobre o amor? Bem, eu entendo muito sobre o amor. Nem sempre ele é aquilo que esperamos ou acontece no momento que esperamos. Eu estou aprendendo a lidar com a situação de que tudo nessa vida tem uma hora certa pra acontecer. O que pudermos ser, seremos. Serei.
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Obrigada à Belw do Prelude of heart pelo selinho (: Me sinto honrada, obrigada pelo carinho.
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Unhappy birthday.
Questions of science, science and progress don't speak as loud as my heart.
The Scientist - Coldplay
17 no dia 17. Místico? Eu chamaria de maldição.
Sendo prática, eu detesto meu aniversário.
E sim, hoje é meu aniversário.
É o dia mais triste do ano para mim. Começo a receber um monte de mensagens sobre tudo o que passou e o que perdi. Quem eu perdi. Eu coloco um sorriso no rosto e finjo que tudo está bem. Um band-aid no coração e tudo bem. Durante o dia inteiro pareceu que eu iria morrer. Nada pessoal, é só que eu estou há um ano mais perto da morte. Tenho 17 anos e ainda não vivi metade do que quero viver. Sei que posso estar parecendo meio paranóica, mas está doendo. Uma merda, tudo isso. Não há nada de especial nesse dia. Não há nada que possa ser comprado. E esse monte de gente mais falsa do que uma nota de 7 reais que mal fala comigo ou me detesta e vem me desejar muitos anos de vida... que vão todos para o inferno!
Acho também que esse é sempre o dia mais melancólico da minha vida. Embora que eu tenha descoberto que há 50 anos atrás, nessa mesma data, os Beatles fizeram seu primeiro show. Tenho quase certeza de que nasci na época errada.
Tenho me decepcionado tanto com gente que eu amo. Como se tudo que eu fizesse ou deixasse de fazer não importasse. Porque sempre as coisas dos outros são mais importantes, é claro. Eu sei que eu sou toda errada. E não adianta querer mudar isso. Toda vez que eu quero acertar, erro. Toda ao contrário. Toda sem jeito. Todo um sacudimento de palavras.
Pelo menos o dia já está acabando. Hoje as estrelas estão em minoria no céu, mas eu ainda consigo vê-las da minha prisão particular. Eu queria ser uma estrela. Depois de algum tempo, eu morreria mas mesmo assim continuaria a brilhar. A maioria das estrelas que vemos já está morta. Alguns de nós também. Só ainda não foram avisados. De qualquer jeito, vou ter que aguentar esse dia pelos anos seguintes. Sorte que só é uma vez no ano. E na verdade, não faz diferença para ninguém. Nem pra mim.
domingo, 15 de agosto de 2010
I love the way you lie.
Ainda é difícil pra mim falar algumas coisas que acontecem dentro de mim. Falar mesmo, não escrever. Escrever é fácil. Me sinto tão falsa falando as coisas que escrevo. É como se eu fosse um personagem de filme, que só existe nele. E também eu encheria o saco da outra pessoa demais. Está todo mundo muito ocupado morrendo para se lembrar de mim. Tenho até medo de chegar para alguém e contar as minhas coisas. A maioria sempre acha que a culpa é minha ou que é bobagem ou então que eu preciso de um namorado. Mas que droga! É idiotice pensar que o amor vai chegar e resolver todos os teus problemas. Cara, ele é um prêmio! Por tu ter conseguido tudo o que queria. Ele complementa, não ocupa todo o espaço vazio.
Meu inferno astral está terminando. Pelo menos isso. O mês bem que podia estar terminando também. Algumas pessoas me olham com tanta pena que chega me dá urticária. Como se eu precisasse da pena deles. Todos uns idiotas que vão morrer nessa mesma cidade idiota. Eu não. Eu quero conhecer cada lugar desse mundo, desde a Groenlândia até a Austrália. Eu quero ter muitos momentos rock n' roll, não quero me prender a ninguém. Talvez algum dia, quem sabe. Algum alguém que não seja sobra de ninguém. Eu não mereço só os restos que os outros desprezam. Eu mereço mais, eu sei que eu mereço.
Sei que tudo isso é uma fase pela qual eu tenho que passar e tenho consciência de mim e do que estou passando. O negócio é que eu pensei que esse ia ser um ano maravilhoso e até agora só pisei em ervas daninhas. Essa coisa toda sem sentido que eu não consigo explicar nem muito menos sentir. Só consigo controlar a vontade de chorar e pensar que tudo isso vai valer a pena. E se a verdade é que todos nós somos almas incompletas como peças de lego, algum dia eu hei de me completar. Mesmo que no final eu não termine com um cara lindo em um belo pôr do sol. Mesmo que no final só reste eu, juntando os pedaços e tentando seguir em frente. Há sempre uma porção de coisas importantes que nos fazem querer virar esse ciclo. Porque na verdade, eles vão sempre aparecer por aí.
Meu inferno astral está terminando. Pelo menos isso. O mês bem que podia estar terminando também. Algumas pessoas me olham com tanta pena que chega me dá urticária. Como se eu precisasse da pena deles. Todos uns idiotas que vão morrer nessa mesma cidade idiota. Eu não. Eu quero conhecer cada lugar desse mundo, desde a Groenlândia até a Austrália. Eu quero ter muitos momentos rock n' roll, não quero me prender a ninguém. Talvez algum dia, quem sabe. Algum alguém que não seja sobra de ninguém. Eu não mereço só os restos que os outros desprezam. Eu mereço mais, eu sei que eu mereço.
Sei que tudo isso é uma fase pela qual eu tenho que passar e tenho consciência de mim e do que estou passando. O negócio é que eu pensei que esse ia ser um ano maravilhoso e até agora só pisei em ervas daninhas. Essa coisa toda sem sentido que eu não consigo explicar nem muito menos sentir. Só consigo controlar a vontade de chorar e pensar que tudo isso vai valer a pena. E se a verdade é que todos nós somos almas incompletas como peças de lego, algum dia eu hei de me completar. Mesmo que no final eu não termine com um cara lindo em um belo pôr do sol. Mesmo que no final só reste eu, juntando os pedaços e tentando seguir em frente. Há sempre uma porção de coisas importantes que nos fazem querer virar esse ciclo. Porque na verdade, eles vão sempre aparecer por aí.
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Let it be.
Outra pessoa: Você vai mesmo embora?
M: Vou.
Outra pessoa: Mas aqui está a sua família, os seus amigos, o seu lar...
M: Defina lar.
domingo, 1 de agosto de 2010
Para sobreviver a agosto.
No começo de agosto, pensamos que tudo está bem. Mas não se engane. Alguém lá em cima nos permite usufruir de um terço do paraíso para nos jogar de cabeça no inferno. Mês final do inverno - o que já me deixa irritada. Preparem os agasalhos para o meio do mês e um leite quente. Um bom livro, claro. Escute música como nunca. Desde Beethoven até Paralamas. Desenterre o velho rock 'n' roll naquele ótimo volume não-estou-ouvindo-você-bater-na-porta-e-os-vizinhos-colocarem-suas-casas-à-venda-para-não-ficarem-surdos. Tudo que eu sempre quis foi ser livre, e a música me dá esse frenesi.
Dizem que agosto é uma homenagem ao Imperador Augusto, de Roma. Também quero um mês com meu nome. Teu nome. Uma estrela com meu nome, teu nome. Grama verde, noite fria. Fecho os olhos e ainda consigo ver o céu. Aperto-os e mesmo assim a lembrança do que não existiu vem à minha mente. Procuro um interruptor para tentar apagar a luz estrelar. E logo o calendário cai sobre minha cabeça. Chocolate quente. Cereal. Filmes com o Johnny Depp. Cereal não. Brigadeiro. De panela. Dedos sujos, corpo frio. Solidão.
Até meus 11, 12 anos, eu brigava com minha irmã por ela dizer que agosto era o mês do desgosto porque eu nasci. Depois, reavaliei minha revolta. Elvis morreu em agosto. Lady Di morreu em agosto. As duas guerras mundiais começaram em agosto. Nagazaki e Hiroshima foram bombardeadas em agosto. Peter Fechter morreu em agosto. No mesmo dia em que eu nasci. Então tu me vens e me diz que eu sou babaca o suficiente para acreditar nessas crendices populares sobre um mês qualquer do ano. Todos os meus fantasmas me aterrorizam nesse mês maldito, e tudo que eu posso fazer é fugir. Sei que não é a melhor solução, mas é a única que eu tenho. Faltou luz, dear.
Mantenha-se respirando, é a dica final que te dou. 31 dias de tortura devem ser o suficiente para que consigas tua vaga no terreno celestial. O meu é no andar debaixo. Vista ampla para a tortura eterna de Hitler e Jack, o estripador. A propósito, torça pelas flores de setembro. Nunca consegui gostar de qualquer outra flor que não fosse margaridas. Combinam com minha peregrinação triste deste mês. Me dói essa gente desse país, me dói o sofrimento alheio, me dói as ruas, me dói o rascunho no papel, me dói o mundo. Idiota, idiota, idiota. Você nunca disse que iria salvar alguém como eu. Me acordem quando setembro chegar.
Considerações importantes:
a) Eu sei que eu devo alguns comentários nos blogs que eu acompanho, porém eu ando ocupada com escola+enem+vestibular+meu livro e tenho tido pouco tempo até pra postar. Mas sempre que der eu visito o blog d'ocês.
b) Eu tinha terminado o texto do "Para sobreviver a Agosto" ontem, mas o Blogger resolveu foder com a minha vida logo no começo desse mês maldito. Então, passei a tarde toda refazendo depois de ter quase tido um treco e chorado parte da noite porque perdi o texto que demorei uma semana para fazer. É a coisa mais horrível do mundo perder um texto.
c) E por fim, sei que tenho uns selos e desafios para fazer e prometo que ainda essa semana eu faço. Don't call my name, vestibular.
d) (sim, eu já estou enchendo o saco, mas calma) Agradeço aos mais de 100 seguidores que o blog conseguiu, embora que eu não saiba de onde sai tanta gente que visita isso aqui... e por fim, agradeço ao sempre carinho de vocês nos comentários. Eu sempre leio tudinho.
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