Música do post: Quiet - Demi Lovato
sábado, 30 de outubro de 2010
I see what you're not showing.
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Carta de um soterrado prestes a morrer.
Obrigado por ter sido minha. Chegou a hora. Eles vão apagar as luzes fracas daqui para que não possamos ver nossa agonia. Eu não estou com medo... e não quero que você tenha daqui por diante. A vida foi mais bonita quando você estava nela. Quando uma estrela brilhar para você, sou eu dizendo que te amo, sempre e sempre."
(Carta fictícia. Nenhum fato narrado aqui aconteceu de verdade. Qualquer relação com alguma pessoa, é mera coincidência. Principalmente se envolver você.)
Música do post: Yellow - Coldplay
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
You know me, I make all wrong.
Conte-me seus segredos, ligue-me às duas da manhã. Eu não me importo. Só não diga que não valeu a pena. Porque não é só porque agora pegamos trens diferentes que eles nunca andaram no mesmo trilho. E talvez ainda andem de novo algum dia. Eu tenho estado bem, se você quiser saber. Tenho visto muitas estrelas cadentes. Mais do que via quando tinha você. Provavelmente porque eu já tinha tudo que desejava. E tenho feitos muitos pedidos também. Pedi paz, pra mim, pra você e as melhores coisas nas nossas vidas. Eu poderia muito bem mentir e dizer que nem as plantas da minha casa sentem a tua falta e na verdade eu iria mentir. No entanto, eu já cansei de amassar folhas, tentando te escrever algo. E agora acho que não há mais nada a dizer. Pois mesmo que você evolua naquelas suas pesquisas com raios cósmicos e crie uma máquina do tempo, eu teria feito e faria a mesma coisa se tivesse outra chance. Porque acho que sempre é válido errar. Afinal, não conseguiríamos ver as estrelas se não estivéssemos no escuro.
E então eu me lembro daquela tua frase: "Dois erros não fazem um acerto". Mas dois acertos fazem um erro. Eu e você. Numa eterna disputa para ver quem tem mais auto piedade. Um dia a gente se encontra por aí. Agradeço por ter tido a chance de ter conhecer um dia, ou achar que tinha te conhecido. O tempo passou e sempre irá passar. Só nós que ficamos presos a essas mesquinharias. Teu amor sempre foi mesquinharia, pouca coisa. Mas foi o suficiente para uma imaginação fértil como a minha. Pois eu sei o que é sofrer por algo que nunca foi seu e torcer para que ninguém consiga te ouvir do quarto. Você não deveria existir. Não estava nos planos. Porque se existe, não me vê. E se não me vê, não me faz sorrir. Só você sorri. E nada mais, só tuas poucas palavras que às vezes podem dizer tudo. Até mesmo o silêncio, que muitas vezes foi inquebrável, essa noite falaria tudo o que eu preciso ouvir. Mas eu estou bem. Esta noite eu vou acender as velas e lavar os pratos. Apagar as lembranças físicas de você e procurar um bom motivo para não precisar da tua presença. Não ofereço muito. Só tenho o meu mundo para te dar. Surpreenda-me pegando uma trilha alternativa e colidindo com o meu trem. Só não deixe o que passou virar nada. Se não já virou.
Música do post: Só por uma noite - Charlie Brown Jr.
sábado, 2 de outubro de 2010
Shooting stars.
No final, somente essa frase é a verdadeira: só se dá valor quando se perde. Porque quando perdemos, um chute no estômago nos atinge e parece que nosso vazio não se chama mais fome. Como montar um boneco com lego, não pode faltar nenhuma parte, pois se não tudo desmorona. Não sei se lego é a melhor metáfora, mas é a única que se encaixa em mim. Não entendo como a distância pode modificar tanto as amizades. Mentira, entendo sim. Entendo mas não queria entender. Nunca fui muito boa em manter pessoas. Por isso que evito me envolver. Por isso sempre ouço a velha história de não criar muros, e sim pontes. Porém ninguém entende que as pessoas, as minhas pessoas, sempre vão embora. Perdem-se e nunca mais se encontram. Isso deve ser natural, uma lei da vida. Aliás, eu nunca tive muita sorte. A maneira como as pessoas vêem, arrancam tudo que tenho e vão embora é quase furiosa. Não consigo manter a tal da tranquilidade estóica. As coisas merecem - e devem - ser intensas. Há uma porção de coisas que fiquei por dizer, e penso que talvez seja melhor não ter dito. Sempre fui tão nada para os outros que ninguém pode me julgar por ser fria do jeito que sou. São marcas, cicatrizes, passagens por todas as partes do mundo que ficaram gravadas aqui no peito. Eles ocuparam o lugar do coração.
Um dia desses me deu uma vontade grande de ir à praia. Só pra ver o mar, esperando que a imensidão dele preenchesse meu vazio. E ficar até de noite na praia, deitada na areia, vendo as lamparinas do céu brilharem e caírem sobre a minha cabeça e então choveria. Choveria para lavar a alma. Para limpar toda essa podridão que está dentro de mim. Mas as pequenas luzes mortas nunca deixariam de brilhar. Porque mesmo morto, ainda há uma razão para se viver. Não você, não eles. Só eu, só meus sonhos caleidoscópicos. Só minha decisão de acreditar que tudo o que vivo agora é tão ilusório quanto meus próprios sonhos noturnos. Porque não consigo sonhar quando o dia está claro. É como ter o sol brilhando às onze da noite. Nesses próximos meses, muitas coisas serão decididas. Minha vida é uma delas. Está tudo tão misturado, tão uma coisa só que quase não a acho nessa imensidão estrelar sem fim. Por Deus, que as coisas melhorem. Pra mim, pra você, pra todos nós. Que a chuva aumente e todos os trovões e raios e tempestades sirvam de chuveiros freudianos e limpem nossa aura e nos deixem as melhores vibrações que podemos receber. Porque tudo que eu sei é chover.
Música do post: The Fear - Lily Allen
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